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Observadores validam resultados de eleições na Venezuela

Segundo os resultados oficiais, os candidatos do chavismo venceram as eleições para governador em 17 dos 23 estados do país

Venezuela: a oposição não reconhece os resultados devido às múltiplas irregularidades que já denunciou durante a campanha (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

Venezuela: a oposição não reconhece os resultados devido às múltiplas irregularidades que já denunciou durante a campanha (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 14h55.

Caracas - Os porta-vozes dos acompanhantes internacionais que viajaram à Venezuela para acompanhar as eleições regionais deste domingo validaram nesta segunda-feira os resultados oficiais oferecidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que dão uma vitória folgada para o chavismo e não são reconhecidos pela oposição.

"A missão considera que o processo ocorreu de maneira bem-sucedida e que a vontade dos cidadãos expressada pacificamente nas urnas foi respeitada", afirmou um desses porta-vozes, o presidente do Conselho de Especialistas Eleitorais da América Latina, Nicanor Moscoso, nas instalações da CNE em Caracas.

De acordo com especialistas em temas eleitorais, a diferença entre observadores e acompanhantes é que os primeiros costumam apresentar às autoridades os seus próprios planos de verificação, enquanto os segundos estão submetidos ao Estado que os convida.

Segundo os resultados oficiais, os candidatos do chavismo venceram as eleições para governador em 17 dos 23 estados do país. A oposição, por sua vez, ganhou em outros cinco estados. Já na entidade regional restante o resultado ainda não foi definido devido à diferença muito pequena entre os candidatos.

A aliança de partidos opositores Mesa da Unidade Democrática (MUD) disse no domingo que não reconhece os resultados devido às múltiplas irregularidades que já denunciou durante a campanha e por causa de uma suposta falta de transparência na apuração.

A MUD - que segundo as pesquisas sairia vitoriosa na maioria dos estados - pediu para que os militantes apoiem nas ruas as ações que forem convocadas para rejeitar o resultado.

Outro dos acompanhantes, Guillermo Reyes, contrariou a denúncia da MUD ao afirmar que nos centros de votação monitorados pela missão da qual faz parte (cerca de 55% do total) foi verificado que os resultados oferecidos pelas máquinas coincidiam com o número de cédulas depositadas nas urnas.

"Isso é uma amostra ao acaso", disse Reyes sobre as mesas vigiadas pela missão, de modo a explicar a validade da comprovação.

O acompanhante internacional pediu aos cidadãos e políticos que recorram à justiça para reclamar e não convoquem passeatas, o que em sua opinião colocaria em perigo o clima de normalidade que foi vivido no domingo na Venezuela, segundo a missão.

Segundo detalhou antes das eleições a presidente da Assembleia Nacional Constituinte do país, Delcy Rodríguez, mais de 70 acompanhantes internacionais e mais de 1,5 mil nacionais participaram do processo eleitoral de domingo. Desde 2006, as eleições na Venezuela não são monitoradas por observadores internacionais.

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