Incêndio florestal no Maui, ilha do arquipélago do Havaí (AFP/AFP)
Redação Exame
Publicado em 12 de agosto de 2023 às 10h19.
Última atualização em 14 de agosto de 2023 às 12h36.
O incêndio florestal que devastou o Havaí nesta semana, deixando 55 mortos, também causou o desaparecimento de cerca de mil pessoas. A preocupação do governador havaiano, Josh Green, é que a dificuldade de comunicação, pela falta de energia, internet e rádio, impossibilita saber se os desaparecidos estão vivos ou não.
O fogo das florestas, alimentado pela corrente de ventos, provocou a retiradas dos habitantes em áreas do arquipélago do Havaí na madrugada desta quarta-feira, 9. Alguns habitantes chegaram a se jogar no oceano Pacífico para escapar da fumaça e das chamas.
Os incêndios já são considerados uma das piores catástrofes enfrentadas pelo arquipélago americano. “Em 1960, tivemos 61 vítimas quando uma grande onda atravessou a Ilha Grande. Desta vez, é muito provável que o total supere significativamente esse número”, apontou o governador.
Os incêndios florestais na ilha havaiana de Mauí mataram 55 pessoas. Equipes de busca e resgate com cães estavam rastreando as vítimas, do que o governador Josh Green disse ser "provavelmente o maior desastre natural da história do estado do Havaí".
Relatos de locais apontam que a destruição no condado de Maui foi quase total. Filas de prédios com estrutura de madeira, bairros inteiros reduzidos a cinzas e carros queimados.
Alguns moradores começaram a distribuir ontem fotos de parentes desaparecidos, enquanto a incerteza cresce. O número de vítimas deve aumentar à medida que as equipes vasculhavam mais de mil prédios queimados.
O presidente americano, Joe Biden, declarou na quinta-feira estado de catástrofe natural para o Havaí, o que permitirá liberar "fundos federais à disposição dos afetados no condado de Mauí", explicou a Casa Branca em nota. O papa Francisco manifestou "profunda tristeza" pela tragédia.