Mundo

Novo relatório aponta para falha humana em acidente da Air France em 2009

Acidente com o Airbus da Air France que caiu no meio do Oceano Atlântico quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, causando a morte dos 228 passageiros

Acidente com o Airbus da Air France em 2009 deveu-se essencialmente por conta de um erro de pilotagem, aponta relatório (Loic Venance/AFP)

Acidente com o Airbus da Air France em 2009 deveu-se essencialmente por conta de um erro de pilotagem, aponta relatório (Loic Venance/AFP)

E

EFE

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 09h31.

Paris - O acidente com o Airbus da Air France, no dia 1º de junho de 2009, que caiu no meio do Oceano Atlântico quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, causando a morte dos 228 ocupantes do avião, deveu-se essencialmente por conta de um erro de pilotagem, segundo os responsáveis por uma segunda perícia entregue para a Justiça francesa.

De acordo com os peritos, "ações inadequadas no controle manual" da tripulação fizeram com que o Airbus A330 da companhia francesa caísse no mar.

No relatório, que foi entregue ao juiz no dia 24 de setembro, e cujo conteúdo foi revelado por uma associação de familiares das vítimas, coloca em segundo plano as responsabilidades da Air France e especialmente da Airbus, fabricante do avião, ambas indiciadas por homicídio culposo.

O elemento que esteve na origem do acidente foi o congelamento das sondas no exterior da aeronave, o que levou a indicações erradas sobre a velocidade. Uma série de incidentes técnicos e humanos levou o avião a cair no oceano.

Segundo os peritos, "a causa direta do acidente é a perda de controle da trajetória do avião pela tripulação de voo", em referência aos dois copilotos, um dos quais - o comandante - estava ausente da cabine naquele momento.

Outras "causas indiretas" são atribuídas a Air France por deficiência na formação e informação de seus funcionários, particularmente a falta de treinamento na pilotagem em alta altitude e no gerenciamento de incidentes sobre indicações errôneas de velocidade.

No que diz respeito a Airbus, os peritos assinalam a "ambiguidade da classificação do procedimento STALL" sobre o alarme devido a uma súbita perda de altura do avião, embora também ressaltem que isso foi "validado" pela Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa.

As famílias, segundo o jornal francês "Le Parisien", mostraram uma certa incompreensão com estas novas conclusões que exoneram ou limitam a responsabilidade da Airbus e gostariam de questionar seus autores, observando que há contradições com uma perícia anterior. Por isso acreditam que um processo público é necessário.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoAir FranceMortes

Mais de Mundo

CEO de gigante de saúde é assassinado na porta de hotel em Nova York

Primeiro-ministro da França pode ser deposto nesta quarta, após votação na Assembleia Nacional

As melhores (e as piores) cidades do mundo em qualidade de vida

Trump pede arquivamento de processo envolvendo ex-atriz pornô com base em indulto de Biden ao filho