Mundo

Novo foco de coronavírus é descoberto em Xinjiang, na China

Com novos casos de covid-19, a cidade de 3,5 milhões de habitantes fechou o metrô e reduziu drasticamente as conexões aéreas

China: Xinjiang é um território semidesértico na fronteira com a Ásia Central (David Liu/Getty Images)

China: Xinjiang é um território semidesértico na fronteira com a Ásia Central (David Liu/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 17 de julho de 2020 às 09h50.

Última atualização em 17 de julho de 2020 às 18h38.

A China anunciou pelo menos cinco novos casos de covid-19 nesta sexta-feira (17) em Xinjiang, uma vasta região no noroeste do país, onde vive a minoria muçulmana uigur em particular, levantando temores de um ressurgimento dos contágios.

Primeiro país a ser afetado pelo vírus no final de 2019, a China conseguiu, desde então, conter a disseminação do vírus de forma considerável. Nas últimas semanas, registra-se alguns novos casos a cada dia.

Xinjiang é um território semidesértico na fronteira com a Ásia Central, onde vivem 25 milhões de pessoas. Pouco menos da metade pertence à minoria uigure, predominantemente muçulmana e que fala um idioma semelhante ao turco.

Ao menos cinco novos casos de covid-19 foram descobertos em Urumqi, a capital regional, disseram autoridades locais. A primeira infecção foi detectada na quarta-feira (15).

Como resultado, essa cidade de 3,5 milhões de habitantes fechou o metrô, enquanto as conexões aéreas foram drasticamente reduzidas nesta sexta.

Alguns usuários da rede social Weibo afirmam que vários bairros residenciais foram isolados.

Talvez para desestimular corridas aos supermercados, a imprensa oficial afirma que os estabelecimentos têm estoque suficiente de produtos.

Os Estados Unidos, junto com especialistas e organizações de direitos humanos, acusam Pequim de ter internado um milhão de muçulmanos, principalmente uigures étnicos, em Xinjiang, em nome da luta contra o terrorismo.

O governo chinês nega esse número e afirma que essas pessoas são levadas para centros de formação profissional, com o objetivo de ajudá-las a encontrar um emprego para afastá-las da tentação do extremismo.

No início da pandemia, as organizações partidárias uigures manifestaram sua preocupação com as consequências da disseminação da COVID-19 nestes centros.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoronavírus

Mais de Mundo

ONU adverte que o perigo da fome “é real” na Faixa de Gaza

Agência da ONU pede investigação de abusos após cessar-fogo no Líbano

Parlamento britânico debate proposta de lei de morte assistida

Acordo Mercosul-UE não sairá porque camponeses franceses 'não querem', diz Mujica