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Nigéria confirma libertação de 91 meninas pelo Boko Haram

"As meninas estão sendo transportadas para um local seguro. Daremos detalhes mais tarde. Damos as graças a Deus", afirmou um porta-voz governamental

Sequestros: protestos por todo o mundo pedem a libertação das meninas (Joe Raedle/Getty Images)

Sequestros: protestos por todo o mundo pedem a libertação das meninas (Joe Raedle/Getty Images)

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EFE

Publicado em 21 de março de 2018 às 08h29.

Última atualização em 21 de março de 2018 às 11h10.

Abuja - Pelo menos 91 das 110 meninas sequestradas há mais de um mês pelos jihadistas do Boko Haram foram libertadas em sua cidade, Dapchi, no nordeste da Nigéria, confirmou nesta quarta-feira o ministro de Informação do país, Lai Mohammed, em entrevista coletiva.

O número das menores libertadas pelos terroristas nigerianos pode continuar aumentando na medida em que a apuração vai avançando, segundo o governo.

Mohammed confirmou antes da entrevista coletiva que o número corresponde "aos casos documentados até agora" e revelou que "a libertação das estudantes sequestradas segue em curso".

A falta de dados concretos sobre o número de meninas se deve ao fato de que os terroristas não entregaram elas às autoridades, mas as deixaram na mesma cidade onde foram raptadas, Dapchi, no estado nordeste de Yobe.

As meninas foram libertadas por volta das 3h locais (23h em Brasília da terça-feira) e, segundo o governo, nenhum tipo de resgate foi pago por elas.

O Ministério de Informação também indicou que, para não colocar em perigo a vida das meninas, "a opção preferida foi uma estratégia não violenta".

Diante da falta de informação oficial sobre o estado de saúde das meninas, veículos de imprensa locais afirmaram que cinco delas teriam morrido por asfixia pouco depois de seu sequestro, pois os veículos nos quais foram transportadas estavam cheios demais.

O incidente aconteceu em 19 de fevereiro e lembra o sequestro de mais de 200 meninas em 2014 também pelo Boko Haram no estado vizinho de Borno, das quais 112 seguem em cativeiro.

O Boko Haram, que em línguas locais significa "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

 

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