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"Não vamos controlar a pandemia", admite chefe de gabinete de Trump

Após registro de infecções dentro da equipe de vice-presidente, Mark Meadows diz que vírus é contagioso "como uma gripe"

Donald Trump: chefe de gabinete diz que EUA não irá controlar pandemia (Win McNamee/Getty Images)

Donald Trump: chefe de gabinete diz que EUA não irá controlar pandemia (Win McNamee/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de outubro de 2020 às 16h32.

Última atualização em 25 de outubro de 2020 às 16h40.

O chefe de gabinete de Donald Trump na Casa Branca, Mark Meadows, afirmou neste domingo (25) que os Estados Unidos não vão "controlar a pandemia" da covid-19, que comparou novamente a uma gripe, após o anúncio de infecções dentro da equipe do vice-presidente Mike Pence.

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"Isso é o que vamos fazer. Não vamos controlar a pandemia, vamos controlar o fato de que podemos ter vacinas, tratamentos e outros meios para aliviar" a doença, afirmou Mark Meadows à CNN.

"É um vírus contagioso como a gripe", completou.

Kamala Harris, que concorre à vice-presidência ao lado do candidato democrata Joe Biden nas eleições de 3 de novembro, foi rápida em acusar o governo Trump de admitir a derrota.

"Eles reconhecem seu fracasso", criticou Harris a repórteres em Michigan, em reação aos comentários de Meadows.

"É o maior fracasso de uma administração presidencial na história dos Estados Unidos", insistiu a ex-senadora.

Trump está sendo criticado de todos os lados por ter, desde o início, optado por minimizar a pandemia de coronavírus, que ele frequentemente compara a uma gripe sazonal.

Essa avaliação pesa muito sobre suas chances de reeleição.

O próprio Trump foi contaminado no início de outubro e hospitalizado por três dias.

Desde então, o presidente republicano se considera "curado" e "imune" graças aos tratamentos experimentais que recebeu e insiste que a pandemia acabará desaparecendo, enquanto o número de casos diários atinge novos recordes nos últimos dias.

Os Estados Unidos são o país mais afetado no mundo pela covid-19, com quase 225.000 mortes.

O chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, Marc Short, também testou positivo no sábado, assim como com pelo menos dois outros assessores da equipe.

Muitos casos já haviam sido relatados dentro da Casa Branca na época do diagnóstico de Donald Trump.

Mas Pence, que chefia a unidade de crise do coronavírus, decidiu manter suas reuniões de campanha, assim como Donald Trump, que vem aumentando o número de comícios, reunindo grandes multidões que não respeitam as recomendações de distanciamento social e o uso de máscaras.

Pence "usará uma máscara hoje", afirmou Meadows, algo raro para o vice-presidente.

Questionado sobre a recusa do governo em tornar obrigatório o uso de máscaras, o chefe de gabinete da Casa Branca respondeu: "Vivemos em uma sociedade livre", acusando Joe Biden de querer "confinar tudo".

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