Não existe plano B na Síria a não ser mais guerra, diz ONU
A retomada dos conflitos acontecerá caso a primeira das três rodas de conversas não resultar em avanços
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2016 às 15h40.
Genebra - Um mediador da Organização das Nações Unidas ( ONU ) disse nesta segunda-feira que não existe nenhum "plano B" na guerra da Síria além da retomada dos conflitos se a primeira das três rodadas de conversas, cujo objetivo é acertar um "itinerário claro" para o país, não resultar em avanços.
A Síria encara o momento da verdade, afirmou Staffan de Mistura quando iniciou as tratativas para encerrar a guerra de cinco anos, que expulsou metade da população de seus lares, provocou levas de refugiados para a Europa e transformou a Síria em um campo de batalha para forças estrangeiras e jihadistas.
As conversas são as primeiras em mais de dois anos e ocorrem em meio a uma redução acentuada nos embates resultante da "cessação das hostilidades" do mês passado, patrocinada por Washington e Moscou e aceita pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad , e muitos de seus inimigos.
Mas a trégua limitada, que exclui os poderosos Estado Islâmico e Frente Al-Nusra, é frágil. Os dois lados já se acusaram de múltiplas violações, e chegaram a Genebra com o que parecem ser pautas irreconciliáveis.
A oposição síria afirma que as conversas devem se concentrar no estabelecimento de um organismo de governo de transição com poder executivo pleno, e que Assad precisa deixar o poder no início da transição. Damasco diz que os oponentes de Assad se iludem se pensam que irão assumir o poder na mesa de negociações.
O chefe da delegação governamental, Bashar Ja'afari, descreveu seu primeiro encontro com De Mistura nesta segunda-feira como positivo e construtivo, acrescentando que entregou um documento intitulado "Elementos Básicos para uma Solução Política".
De Mistura disse que algumas ideias foram aventadas em uma reunião que descreveu como uma sessão preparatória antes de um novo encontro na quarta-feira, que terá como foco os temas mais importantes. Indagado sobre o cisma entre as duas delegações, ele respondeu que é da natureza das negociações que os dois lados comecem com posições duras.
Como sinal de quão grande é essa distância, De Mistura irá se reunir com as duas partes separadamente – pelo menos a princípio.
As tratativas devem focar na transição política, que é "a mãe de todas as questões", disse o enviado da ONU antes de se sentar com Ja'afari. Grupos separados irão abordar questões humanitárias e a cessação das hostilidades.
"Até onde sei, o único plano B disponível é voltar à guerra, e a uma guerra ainda pior do que tivemos até agora", afirmou.
Genebra - Um mediador da Organização das Nações Unidas ( ONU ) disse nesta segunda-feira que não existe nenhum "plano B" na guerra da Síria além da retomada dos conflitos se a primeira das três rodadas de conversas, cujo objetivo é acertar um "itinerário claro" para o país, não resultar em avanços.
A Síria encara o momento da verdade, afirmou Staffan de Mistura quando iniciou as tratativas para encerrar a guerra de cinco anos, que expulsou metade da população de seus lares, provocou levas de refugiados para a Europa e transformou a Síria em um campo de batalha para forças estrangeiras e jihadistas.
As conversas são as primeiras em mais de dois anos e ocorrem em meio a uma redução acentuada nos embates resultante da "cessação das hostilidades" do mês passado, patrocinada por Washington e Moscou e aceita pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad , e muitos de seus inimigos.
Mas a trégua limitada, que exclui os poderosos Estado Islâmico e Frente Al-Nusra, é frágil. Os dois lados já se acusaram de múltiplas violações, e chegaram a Genebra com o que parecem ser pautas irreconciliáveis.
A oposição síria afirma que as conversas devem se concentrar no estabelecimento de um organismo de governo de transição com poder executivo pleno, e que Assad precisa deixar o poder no início da transição. Damasco diz que os oponentes de Assad se iludem se pensam que irão assumir o poder na mesa de negociações.
O chefe da delegação governamental, Bashar Ja'afari, descreveu seu primeiro encontro com De Mistura nesta segunda-feira como positivo e construtivo, acrescentando que entregou um documento intitulado "Elementos Básicos para uma Solução Política".
De Mistura disse que algumas ideias foram aventadas em uma reunião que descreveu como uma sessão preparatória antes de um novo encontro na quarta-feira, que terá como foco os temas mais importantes. Indagado sobre o cisma entre as duas delegações, ele respondeu que é da natureza das negociações que os dois lados comecem com posições duras.
Como sinal de quão grande é essa distância, De Mistura irá se reunir com as duas partes separadamente – pelo menos a princípio.
As tratativas devem focar na transição política, que é "a mãe de todas as questões", disse o enviado da ONU antes de se sentar com Ja'afari. Grupos separados irão abordar questões humanitárias e a cessação das hostilidades.
"Até onde sei, o único plano B disponível é voltar à guerra, e a uma guerra ainda pior do que tivemos até agora", afirmou.