Mulheres precisam de "revolução" na política, diz analista
Apesar de exemplos como os de Dilma Rousseff e Hillary Clinton, as mulheres precisam ainda de uma "revolução de papéis" na esfera política, diz especialista
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2016 às 22h45.
Cidade da Guatemala - Apesar de exemplos como os de Dilma Rousseff e Hillary Clinton , as mulheres precisam ainda de uma "revolução de papéis" que transfira da cena cotidiana à esfera política a conquista dos espaços públicos, disse nesta quarta-feira à Agência Efe a especialista latino-americana Flavia Freidenberg.
As mulheres sofrem com um "teto de vidro" que limita seu acesso à instituições, um de "cimento" que as impede de confiar em suas próprias possibilidades, e outro de "notas de dinheiro" que faz com que poucas contem com o financiamento suficiente para serem candidatas, afirmou Freidenberg após participar do VII Fórum Regional Esquipulas realizado na Cidade da Guatemala.
A isto, segundo a pesquisadora da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), se soma o "viés de gênero" que associa habitualmente os valores da liderança aos homens.
Como consequência, em muitas sociedades, especialmente nas comunidades "patriarcais" da América Central, as mulheres veem seu papel reduzido ao âmbito privado: quando saem dele deixam muitos homens "nervosos", o que termina desembocando em episódios de violência.
Transformar esta realidade requer uma "revolução de papéis" que fomente a igualdade desde a cotidianidade acompanhada de um novo marco legal que exija candidaturas paritárias como ferramenta para conseguir a igualdade de gênero também na política.
Países como México, Costa Rica, Equador e Nicarágua já contam com legislação nesta matéria, e outros como a Guatemala devem aproveitar as reformas que estão sendo realizadas para inclui-la, ressaltou Freidenberg.
Uma vez exigida a igualdade por lei é fundamental que os tribunais eleitorais façam valer a norma e impeçam os partidos de descumprir as listas paritárias.
Paralelamente, é imprescindível que a sociedade civil inclua a "agenda de gênero" entre suas prioridades: só assim se completará a conquista social das mulheres.
Nesta tarefa, apontou Freidenberg, é fundamental contar com ícones como o da presidente afastada Dilma Rousseff e Hillary Clinton, primeira mulher candidata à presidência dos Estados Unidos por um grande partido, cujos exemplos inspiram milhares de meninas no mundo.
"São elas as que marcam o caminho da mudança", concluiu Freidenberg.
Cidade da Guatemala - Apesar de exemplos como os de Dilma Rousseff e Hillary Clinton , as mulheres precisam ainda de uma "revolução de papéis" que transfira da cena cotidiana à esfera política a conquista dos espaços públicos, disse nesta quarta-feira à Agência Efe a especialista latino-americana Flavia Freidenberg.
As mulheres sofrem com um "teto de vidro" que limita seu acesso à instituições, um de "cimento" que as impede de confiar em suas próprias possibilidades, e outro de "notas de dinheiro" que faz com que poucas contem com o financiamento suficiente para serem candidatas, afirmou Freidenberg após participar do VII Fórum Regional Esquipulas realizado na Cidade da Guatemala.
A isto, segundo a pesquisadora da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), se soma o "viés de gênero" que associa habitualmente os valores da liderança aos homens.
Como consequência, em muitas sociedades, especialmente nas comunidades "patriarcais" da América Central, as mulheres veem seu papel reduzido ao âmbito privado: quando saem dele deixam muitos homens "nervosos", o que termina desembocando em episódios de violência.
Transformar esta realidade requer uma "revolução de papéis" que fomente a igualdade desde a cotidianidade acompanhada de um novo marco legal que exija candidaturas paritárias como ferramenta para conseguir a igualdade de gênero também na política.
Países como México, Costa Rica, Equador e Nicarágua já contam com legislação nesta matéria, e outros como a Guatemala devem aproveitar as reformas que estão sendo realizadas para inclui-la, ressaltou Freidenberg.
Uma vez exigida a igualdade por lei é fundamental que os tribunais eleitorais façam valer a norma e impeçam os partidos de descumprir as listas paritárias.
Paralelamente, é imprescindível que a sociedade civil inclua a "agenda de gênero" entre suas prioridades: só assim se completará a conquista social das mulheres.
Nesta tarefa, apontou Freidenberg, é fundamental contar com ícones como o da presidente afastada Dilma Rousseff e Hillary Clinton, primeira mulher candidata à presidência dos Estados Unidos por um grande partido, cujos exemplos inspiram milhares de meninas no mundo.
"São elas as que marcam o caminho da mudança", concluiu Freidenberg.