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Muçulmanos da Ásia protestam contra Trump e Israel

Líderes da Indonésia, Malásia e Paquistão e países do sudeste da Ásia se uniram a um coro global de condenação da medida de Donald Trump sobre Jerusalém

Na capital malaia, Kuana Lumpur, os manifestantes se reuniram diante da embaixada norte-american (Foto/Reuters)

Na capital malaia, Kuana Lumpur, os manifestantes se reuniram diante da embaixada norte-american (Foto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 11h44.

Jacarta / Kuala Lumpur - Milhares de manifestantes se reuniram nesta sexta-feira em países de maioria muçulmana na Ásia para protestar contra a decisão dos Estados Unidos de reconhecerem Jerusalém como a capital de Israel, e as autoridades reforçaram a segurança diante das embaixadas norte-americanas.

Os líderes da Indonésia, Malásia e Paquistão e dois países do sudeste da Ásia se uniram a um coro global de condenação da medida do presidente dos EUA, Donald Trump.

Centenas de manifestantes reuniram-se na capital do Afeganistão com cartazes, efígies de Trump e pelo menos uma bandeira queimada nos Estados Unidos.

"Morte à América! Morte a Trump e Israel!" entoavam a multidão.

Na capital malaia, Kuana Lumpur, os manifestantes se reuniram diante da embaixada norte-americana, também entoando slogans contra os EUA.

Na Indonésia, maior país de maioria muçulmana do mundo, algumas centenas de manifestantes, em sua maioria vestidos de branco, se congregaram diante da representação dos EUA em Jacarta, capital do país.

Alguns usavam echarpes quadriculadas e erguiam bandeiras palestinas, e outros gritavam "Allahu Akbar" (Deus é o maior).

"Estamos aqui em nome da justiça e da humanidade. Estamos reunidos para defender nossos irmãos e irmãs palestinos", disse o líder de uma manifestação em Jacarta.

Canhões de água foram posicionados no local, mas o protesto foi pacífico e o número de manifestantes pareceu muito menor do que os 500 a mil que a polícia previu.

Um deles, Yuddy Kurniawan, de 30 anos, disse não estar satisfeito com a reação de seu governo à decisão norte-americana.

"Jokowi pode ser mais duro e pediu um boicote a produtos norte-americanos, por exemplo", disse, referindo-se ao presidente indonésio, Joko Widodo, por seu apelido.

A embaixada dos EUA em Jacarta aconselhou seus cidadãos a evitarem manifestações e disse que seu consulado em Surabaya, a segunda maior cidade do país, suspendeu os serviços públicos nesta sexta-feira.

Um grupo pequeno de estudantes se reuniu na cidade de Makassar, na ilha indonésia de Sulawesi, e ateou fogo em bandeiras dos EUA e de Israel, noticiou a mídia.

A Indonésia é uma defensora de longa data da solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino e testemunhou manifestações a favor dos palestinos nos últimos anos.

Na quinta-feira Widodo exortou os EUA a reconsiderarem sua decisão, e no mesmo dia o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, pediu aos muçulmanos de todo o mundo que se oponham fortemente a qualquer reconhecimento de Jerusalém como capital israelense.

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