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Ministro da Defesa de Israel ordena preparação para evacuação da fronteira com o Líbano

Neste domingo, Hezbollah atacou Israel a partir da fronteira, um dia após ampla ofensiva terrorista do Hamas deixar centenas de mortos

Nas últimas horas, moradores da região já começaram a deixar a área, após recomendações dos serviços de segurança (GIL COHEN-MAGEN /AFP)

Nas últimas horas, moradores da região já começaram a deixar a área, após recomendações dos serviços de segurança (GIL COHEN-MAGEN /AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de outubro de 2023 às 12h44.

O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, ordenou a preparação para a evacuação das comunidade localizadas nas proximidades da fronteira do país com o Líbano. Nas últimas horas, moradores da região já começaram a deixar a área, após recomendações dos serviços de segurança, segundo o jornal israelense Haaretz.

O diário descreve uma "atmosfera altamente tensa" na região norte da Galiléia neste segundo dia de guerra. A maioria dos residentes próximos da fronteira com o Líbano evacuaram voluntariamente para zonas ao sul. Na região, seguem presentes equipes de emergência e trabalhadores essenciais. Poucos veículos civis são vistos nas estradas. Pelo contrário, há uma presença crescente de tanques e outros veículos militares.

Neste domingo, um dia após o ataque terrorista do Hamas, o Hezbollah lançou uma série de mísseis e artilharia contra três pontos nos campos de Shabaa, disputada região na fronteira entre Líbano e Israel. Até o momento, não foram relatadas vítimas. O líder do grupo armado, Hashem Safi al-Din, responsabilizou ainda os Estados Unidos e Israel pela ofensiva, através de uma mensagem enviada aos países neste domingo.

De acordo com o grupo armado baseado no Líbano, que também atua como um partido político no país, o ataque foi uma demonstração de "solidariedade" ao povo palestino com a operação terrestre, marítima e aérea terrorista lançada no sábado pelo Hamas.

"A Resistência Islâmica (...) atacou três posições do inimigo sionista nos campos de Shabaa ocupados (...) com um grande número de projéteis de artilharia e mísseis guiados", disse o grupo xiita em um comunicado.

Apenas um dia depois do grupo extremista armado Hamas iniciar a ofensiva terrorista contra Israel, considerada a maior em 50 anos, o número de mortos e feridos não para de crescer. Neste domingo, o Ministério da Saúde palestino em Gaza informou que ao menos 313 palestinos morreram e quase 2 mil ficaram feridos com a reação das forças israelenses. Do outro lado, o levantamento mais recente aponta que há mais de 600 judeus mortos e 1.800 feridos — totalizando mais de mil vítimas fatais e 4 mil feridos.

Mas este parece ser só o início de um conflito sangrento, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometer um ataque "com todas as forças" contra Gaza que deixará a cidade "em ruínas". O governo de Israel instou a população palestina a deixar suas casas dentro de 24 horas e iniciou uma operação para evacuar os judeus que residem nos arredores da região.

Como começou

A ofensiva do Hamas contra o Estado de Israel começou às 6h30 de sábado com os disparos de foguetes de vários locais de Gaza. Em seguida, começaram os ataques de entre 200 e 300 combatentes palestinos infiltrados em Israel a diversas localidades próximas ao território. Segundo o Exército de Israel, eles usaram picapes, botes de borracha e até parapentes para entrar no território.

Um porta-voz das Forças Armadas israelenses confirmou que vários civis e soldados foram mantidos reféns em casa, como na cidade de Ofakim, ou levados para o território palestino. O número total de capturados, informa o Haaretz, é desconhecido.

O Hamas divulgou um comunicado após o início dos ataques. Israel, junto com o Egito, mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o grupo assumiu o poder em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre combatentes palestinos e o Estado judeu.

“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação [israelense], o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o grupo. “Anunciamos a Operação Dilúvio de al-Aqsa e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes", escreveram, fazendo referência à histórica disputa em torno da mesquita de al-Aqsa, local em Jerusalém que é sagrado tanto para muçulmanos como para judeus.

Um alto funcionário do Hamas disse que o objetivo da captura de reféns é trocá-los pelos prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses. Em mensagem divulgada em redes sociais, Netanyahu disse que o país está em guerra contra o grupo. "Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu", disse Netanyahu em mensagem de vídeo.

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