Mundo

Microsoft vai processar Google por violação de livre concorrência

Comissão do bloco já investiga o Google por práticas monopolistas e de discriminação contra os concorrentes

A Microsoft alegou que o Google já domina 95% do mercado de buscas na Europa (Sean Gallup/Getty Images)

A Microsoft alegou que o Google já domina 95% do mercado de buscas na Europa (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 08h48.

Bruxelas - A Microsoft anunciou nesta quinta-feira que pretende processar o Google na Comissão Europeia - órgão executivo da União Europeia (UE) - por práticas contra as leis de concorrência do bloco europeu, ao considerar que a empresa rival discrimina e impede a possibilidade de inovação dos concorrentes.

Em um blog corporativo, a Microsoft indicou que "vai apresentar uma denúncia formal na Comissão Europeia" como parte da investigação que o órgão da UE tem aberta para investigar se o Google violou a lei europeia de concorrência.

Atualmente, a Comissão já investiga o Google por práticas monopolísticas e de discriminação contra os concorrentes.

Os responsáveis da Microsoft reconheceram que o Google deve continuar livre para inovar, mas contestaram-na por supostamente permitir "práticas que restrinjam a outros a possibilidade de inovar e oferecer alternativas competitivas".

Nesse contexto, a Microsoft ressaltou que o Google tem uma cota de 95% do mercado de buscas na internet europeia, um número que contrasta com a fatia da Microsoft nos Estados Unidos, onde esta domina um quarto das buscas, seja diretamente por seu buscador Bing ou por seu acordo com a Yahoo!, proprietária do buscador homônimo.

A denúncia da Microsoft se baseia no modelo de ações usado pelo Google para reforçar sua "posição dominante nos mercados das buscas na internet e de buscas e publicidade, em detrimento dos consumidores europeus".

Segundo a Microsoft, o Google construiu seu negócio sobre a indexação e apresentação de fragmentos do conteúdo do site de outras organizações e, assim, teria "isolado" o acesso a certos dados e conteúdos que os concorrentes precisam para oferecer os resultados das buscas dos consumidores e, dessa forma, atrair anunciantes.

Como exemplo, a Microsoft indicou que o Google comprou o YouTube em 2006 e que, desde então, nenhum outro buscador pode competir na busca de vídeos deste site.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleJustiçaMicrosoftTecnologia da informação

Mais de Mundo

Parlamento elege candidato pró-Rússia e ex-jogador como novo presidente da Geórgia

Trump pede fim do horário de verão nos EUA

Impeachment do presidente da Coreia do Sul é aprovado

Mulher é acusada de ameaçar plano de saúde com as mesmas palavras usadas por assassino de CEO