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México devolverá a países de origem migrantes afetados pelas restrições de Trump

Presidente do país prometeu “atenção humanitária”, mas acrescentou que deportação deveria ser direta para o país de origem do migrante

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 18h26.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, advertiu nesta terça-feira, 21, que seu governo devolverá aos países de origem os migrantes que estão em território mexicano e foram afetados pelas novas restrições migratórias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Buscaríamos mecanismos através da política migratória e da política externa para devolvê-los a seus países de origem, por exemplo, há um acordo com a Guatemala, com praticamente todos os países da América Central, de fato houve uma reunião na sexta-feira passada para isso, há um acordo com Cuba”, advertiu Sheinbaum em entrevista coletiva.

Ela prometeu “atenção humanitária” aos migrantes de outras nações, especialmente da América Latina, que estão no México e não podem mais cruzar para os EUA, mas destacou que o novo governo Trump deveria deportar diretamente os imigrantes ilegais para seus locais de origem e não para o território mexicano.

Não foi esclarecido se o governo mexicano pagará por essas repatriações, ou os EUA.

“Isso é o que vamos discutir (conversar) com o governo dos EUA”, afirmou.

Em particular, Sheinbaum se referiu ao novo decreto de Trump que restabeleceu os Protocolos de Proteção ao Migrante (MPP), programa também conhecido como “Fique no México”, que força os solicitantes de asilo nos EUA a esperar em território mexicano.

A presidente argumentou que “em vez de receber” esses migrantes, “porque o MPP é uma decisão dos EUA”, o México lhes daria “atenção humanitária”.

“Portanto, a questão é que, se essas pessoas estiverem em território mexicano, nós as atenderemos por razões humanitárias, mas buscamos, dentro da estrutura de nossa política migratória, sendo estrangeiros, seu retorno ao país de origem”, advertiu.

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