Mauro Vieira participa de reunião da ONU; expectativa é que defenda Palestina como membro pleno
Essa é uma demanda antiga da região e vai ser votada novamente na sexta-feira, apesar de sofrer resistência dos EUA
Repórter
Publicado em 18 de abril de 2024 às 07h55.
Última atualização em 18 de abril de 2024 às 08h15.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, deve participar da discussão aberta do Conselho de Segurança das Nações Unidas , em Nova York, nesta quinta-feira, 18. É esperado que ele faça um pronunciamento favorável à demanda da Palestina para ser reconhecida como membro pleno da ONU, deixando claro que os desdobramentos recentes do conflito entre Israel e Irã não devem tirar o foco da crise humanitária que acontece na região.
Este será o tema central do encontro, que conta com cinco membros permanentes e dez rotativos. O Brasil deixou este grupo em dezembro de 2023, depois de ocupar a presidência ao longo do mês de outubro, marcado pelo ataque do Hamas em Israel, que foi o que deu início ao atual conflito.
Nesta sexta-feira, 19, o Conselho de Segurança da ONU tem marcada uma votação sobre o pedido de adesão da Palestina como membro pleno à ONU. Caso isso aconteça, o reconhecimento de um Estado Palestino estaria mais perto de se tornar realidade.
O Presidente Palestino, Mahmoud Abbas, entregou a aplicação da Autoridade Palestina para se tornar o 194º membro das Nações Unidas ao então Secretário-Geral Ban Ki-moon em 23 de setembro de 2011.No entanto, à época, a tentativa falhou, já que os palestinos não conseguiram o apoio mínimo necessário.
Em meio à ofensiva militar de Israel em Gaza, os palestinos reviveram, no início de abril, essa candidatura. Após anos de tentativas frustradas de negociações de paz, os palestinos recorreram novamente às Nações Unidas, enviando uma carta ao Conselho de Segurança apoiada por 140 países.
A Assembleia Geral pode admitir um novo Estado membro com uma votação de dois terços da maioria, mas somente após a recomendação do Conselho de Segurança. Os Estados Unidos haviam prometido vetar qualquer resolução endossando a adesão palestina.
(Com Agência Estado)