Agência de Notícias
Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 10h32.
O governo da Malásia confirmou, nesta terça-feira, que retomou as buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines, a terceira tentativa desde o desaparecimento do avião com 239 pessoas a bordo no Oceano Índico em março de 2014.
Em entrevista coletiva, o ministro de Transportes da Malásia, Anthony Loke, disse que a companhia britânica Ocean Infinity havia iniciado as buscas, embora o prazo para elas não tivesse sido definido.
"A Ocean Infinity começou a mobilizar sua embarcação, o que recebemos com satisfação, pois demos aprovação inicial para a retomada das buscas", confirmou Loke.
O ministro ressaltou que esta busca, a terceira para localizar a aeronave, é baseada em informações "confiáveis" e se concentrará em uma área que "foi esquecida" durante a missão anterior, por isso estão confiantes de que desta vez haverá "resultados positivos".
A Ocean Infinity "está confiante de que esta área produzirá um resultado positivo e está pronta para assumir o risco e retomar as buscas", disse.
De acordo com o aplicativo de rastreamento de navios Big Ocean Data, o Armada 7806 da Ocean Infinity está na zona de busca no Oceano Índico, cerca de 2 mil quilômetros a leste da cidade australiana de Perth, onde investigações sugerem que os destroços da aeronave podem estar localizados.
O navio da empresa britânica possui uma série de submarinos autônomos equipados para mapear o fundo do mar em grandes profundidades.
Em dezembro do ano passado, Loke disse que o governo de Kuala Lumpur havia aprovado a retomada das buscas pelo Boeing 777, aguardando um acordo para que a empresa de exploração assumisse a operação em uma base de "sem localização, sem pagamento" em uma área de 15 mil quilômetros a oeste da Austrália.
Loke afirmou que os esforços das autoridades malaias para encontrar o avião tinham como objetivo permitir que as famílias pusessem fim a esta tragédia.
"Espero que esta (operação) forneça algumas respostas aos familiares mais próximos, não apenas às famílias, mas também à indústria da aviação como um todo, porque este é o maior mistério da história da aviação", acrescentou o ministro.
O voo MH370 desapareceu em 8 de março de 2014, cerca de 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, quando deixou o espaço aéreo da Malásia e entrou no espaço aéreo vietnamita, desviando-se de sua rota em direção ao sul do Oceano Índico, por razões ainda desconhecidas.
A bordo do Boeing 777 estavam 153 chineses, 50 malaios (12 eram tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, dois iranianos, um russo, um holandês e um taiwanês.
Inicialmente, Malásia, China e Austrália realizaram uma busca conjunta cobrindo cerca de 120 mil quilômetros quadrados no Oceano Índico, mas encerraram as operações em janeiro de 2017, quando nenhum destroço foi encontrado.
A Ocean Infinity também tentou localizar a aeronave em uma área de cerca de 100 mil quilômetros quadrados entre janeiro e junho de 2018, sem sucesso.