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Lula e Macron conversam sobre guerra na Ucrânia e a presença de Kiev nas negociações de paz

Os dois líderes também trataram da COP30, que está marcada para acontecer em Belém este ano

Agência o Globo
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Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 16h49.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 17h26.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta terça-feira, 18.  De acordo com o líder francês, os dois compartilharam "a convicção de que a paz na Ucrânia só será possível por meio de negociações que reúnam Rússia e Ucrânia à mesma mesa".

"A paz é possível, e a comunidade internacional deve se mobilizar", escreveu Macron nas redes sociais.

O presidente disse ainda que Brasil e França trabalharão juntos para que a COP de Belém seja um sucesso. "Temos, juntos, diversas iniciativas em prol do clima, da biodiversidade, dos oceanos, da democracia e do desenvolvimento econômico e agrícola", afirmou.

O Palácio do Planalto não se manifestou sobre a conversa.

Ontem, líderes europeus se reuniram de forma emergencial em Paris para declarar que qualquer proposta sobre o conflito precisa contar com o aval dos ucranianos. Eles ainda buscaram formas de reiterar seu apoio a Kiev, mesmo com divergências sobre gastos militares e o potencial envio de tropas para uma força de manutenção de paz.

Sem convite para a reunião marcada entre americanos e russos na Arábia Saudita, os líderes, convocados pelo presidente francês, afirmaram que não existe a possibilidade de um acordo de paz que não conte com a participação de Kiev, rejeitando, como apontou o chanceler alemão, Olaf Scholz, uma “paz ditada” por Washington e Moscou.

"Nós continuaremos a apoiar a Ucrânia, a Ucrânia pode continuar a confiar em nós", disse Scholz na saída do encontro. "[A Ucrânia] não aceitará tudo o que lhe for apresentado sob quaisquer condições".

Nesta terça, após três anos de esforços dos EUA de isolar a Rússia pela invasão da Ucrânia em 2022, autoridades dos dois países se reuniram por 4 horas nesta terça-feira na Arábia Saudita, avançando para uma guinada em seu relacionamento ao concordar em normalizar as relações, abrir caminho para investimento financeiro e trabalhar juntos para pôr fim à guerra no Leste Europeu.

Em comunicado, o Departamento de Estado americano afirmou que Washington e Moscou vão nomear equipes de negociação para acabar com o conflito, mas o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que os dois países não vão "pré-negociar" as bases para a paz sem incluir outros atores. O aceno foi dado em meio a fortes críticas dos aliados europeus dos EUA, incluindo a Ucrânia, pelo fato de a reunião em Riad não ter incluído integrantes dos países do continente.

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