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Londres contesta oficialmente conclusão da ONU sobre Assange

Londres questiona o relatório "profundamente falho" do grupo de trabalho que, em 5 de fevereiro, exigiu o fim da "detenção arbitrária" de Julian Assange


	Julian Assange: "As conclusões do grupo de trabalho da ONU são imprecisas e devem ser revistas"
 (Olivia Harris / Reuters)

Julian Assange: "As conclusões do grupo de trabalho da ONU são imprecisas e devem ser revistas" (Olivia Harris / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2016 às 11h38.

O governo britânico contestou formalmente nesta quinta-feira as conclusões de uma comissão da ONU que denunciou, em fevereiro, a "detenção arbitrária" do fundador do Wikileaks, Julian Assange, confinado na embaixada do Equador em Londres há mais de três anos.

"As conclusões do grupo de trabalho da ONU são imprecisas e devem ser revistas (...) Julian Assange nunca foi arbitrariamente detido pelo Reino Unido. Na verdade, ele evita sua prisão por vontade própria ao permanecer na embaixada do Equador", declarou o subsecretário de Estado do ministério das Relações Exteriores, Hugo Swire, em um comunicado.

Londres questiona o relatório "profundamente falho" do grupo de trabalho que, em 5 de fevereiro, exigiu o fim da "detenção arbitrária" de Julian Assange, uma posição imediatamente rejeitada pelos governos britânico e sueco.

"Ele mesmo se escondeu na embaixada equatoriana e ainda assim afirma ser detido arbitrariamente. A única pessoa que o detém é ele mesmo", declarou na ocasião o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

"O Reino Unido continua a ter a obrigação legal de extraditá-lo para a Suécia", lembrou Swire nesta quinta-feira, enquanto a justiça sueca emitiu um mandado de detenção europeu contra Assange, acusado de estupro na Suécia.

O ex-hacker australiano, que nega o estupro, recusa-se a ir a este país por medo de ser extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser acusado pela publicação pelo WikiLeaks, em 2010, de 500.000 documentos secretos e de 250.000 comunicações diplomáticas.

De acordo com Londres, o grupo de trabalho da ONU deve decidir na sua próxima reunião, a partir de 18 de abril, em Genebra, se reavaliará ou não o caso.

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