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Limitada pela pandemia, peregrinação a Meca chega ao fim

Por causa de medidas rígidas de segurança sanitária, apenas cerca de 10.000 fiéis puderam concluir a peregrinação a Meca

Muçulmanos caminham em volta da Kaaba, na cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita: ao invés de milhões de visitantes, este ano a peregrinação foi reduzida a milhares por causa da pandemia do coronavírus (STR/AFP)

Muçulmanos caminham em volta da Kaaba, na cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita: ao invés de milhões de visitantes, este ano a peregrinação foi reduzida a milhares por causa da pandemia do coronavírus (STR/AFP)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 2 de agosto de 2020 às 17h11.

Cerca de 10.000 fiéis muçulmanos concluíram, na tarde deste domingo (2), a grande peregrinação a Meca, marcada este ano por medidas rígidas de segurança sanitária devido à pandemia de Covid-19.

Os poucos fiéis autorizados neste ano, que vivem na Arábia Saudita, fizeram a peregrinação chamada "hajj", um dos cinco pilares do Islã.

Os peregrinos dedicaram este domingo, o quinto e último dia do hajj, à lapidação das pedras que simbolizam Satanás em Mina. Para este ritual, as autoridades forneceram pela primeira vez pedras esterilizadas aos peregrinos. Normalmente, eles mesmos as recolhem.

Depois, os peregrinos voltaram para Meca, a cidade mais sagrada do Islã, para realizar o "tawaf de despedida", as voltas ao redor da Kaaba, uma estrutura cúbica no coração da Grande Mesquita e para a qual os muçulmanos de todo o mundo vão para suas orações.

A Arábia Saudita implantou um grande dispositivo de segurança e de medidas sanitárias em torno dos locais religiosos. Os rituais, durante os quais os fiéis deviam usar máscaras e respeitar a distância física, foram modificados algumas vezes.

O momento culminante do hajj, a subida do Monte Arafat, feita na quinta-feira a 20 km ao leste de Meca, foi reduzido devido ao vírus. Durante este ritual, os fiéis pedem a misericórdia de Deus.

O rei Salmán expressou, na sexta-feira, devido ao feriado do Aid al Adha, seus melhores desejos aos muçulmanos, destacando que as autoridades sauditas "redobraram seus esforços" para proteger os fiéis.

A Arábia Saudita registrou oficialmente cerca de 279.000 casos de coronavírus, dos quais mais de 2.900 morreram.

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