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Líderes europeus devem entrar em conflito sobre preços de energia

No centro da batalha está a frustração de governos que dizem que seus pedidos por um limite dos preços do gás na UE foram, até recentemente, deixados de lado

O bloco precisa ser capaz de concordar com um denominador comum (Yves Herman/File Photo/Reuters)

O bloco precisa ser capaz de concordar com um denominador comum (Yves Herman/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2022 às 15h58.

Líderes europeus que vêm comprometendo respostas à guerra da Ucrânia durante todo o ano agora enfrentam o conflito sobre como compensar os danos crescentes dos altos preços da energia.

A Itália e vários outros países enfrentarão a Alemanha no primeiro Encontro da Comunidade Política Europeia (Summit of the European Political Community) nesta sexta-feira, 7, em Praga, em conflito que reflete os confrontos de crises passadas. Os países altamente endividados temem que seus vizinhos mais ricos ganhem vantagem injusta ao apoiar seus negócios e consumidores.

No centro da batalha está a frustração de governos que dizem que seus pedidos por um limite dos preços do gás na UE foram, até recentemente, deixados de lado, mesmo quando países mais ricos como Alemanha e França anunciaram grandes planos de gastos internos para proteger empresas e consumidores do aumento dos preços da energia.

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O aperto da Rússia no fornecimento de gás elevou os preços em toda a UE, causando o fechamento de fábricas e aumentando as expectativas de que o bloco está entrando em recessão.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, disse antes da cúpula esperar que a Alemanha aja em solidariedade com outros membros da UE no enfrentamento da crise.

O bloco precisa ser capaz de concordar com um denominador comum, disse Morawiecki, "e não esse denominador que é adequado apenas a um país".

Na semana passada, a Alemanha anunciou um pacote de energia avaliado em até 200 bilhões de euros (cerca de US$ 196 bilhões), que inclui limites de preço para gás e eletricidade, em um sinal do poder de fogo fiscal que Berlim consegue reunir para sustentar sua economia.

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