Líderes da UE defendem maior integração para que bloco avance
A reunião tinha como objetivo a preparar o futuro da UE após a saída do Reino Unido e Hollande deixou claro que o "'status quo' não pode ser a solução"
EFE
Publicado em 6 de março de 2017 às 17h23.
Versalhes - O presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel , reivindicaram nesta segunda-feira uma União Europeia (UE) que avance em várias velocidades para que o bloco comunitário seja capaz de enfrentar seus desafios futuros.
"Não há capacidade de intervir se a divisão se instalar. A unidade não significa uniformidade, razão pela qual defendo novas formas de cooperação, uma cooperação diferenciada, que faz com que alguns países possam ir mais rápido", disse Hollande ao término de uma reunião com Merkel e com os líderes de Espanha e Itália.
A chanceler alemã respaldou essa postura ao destacar nesse encontro em Versalhes, nos arredores de Paris, que é preciso ter "a coragem de aceitar que certos países vão na frente", sem fechar essa parceria aos que estiverem atrasados.
A reunião tinha como objetivo a preparar o futuro da UE após a saída do Reino Unido e Hollande deixou claro que o "'status quo' não pode ser a solução", sobretudo após a aprovação do "Brexit".
Tanto o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, como o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, respaldaram em seus respectivos discursos que sejam permitidos diferentes níveis de integração em âmbitos chave.
Rajoy ressaltou que deseja uma maior e melhor integração europeia e que a UE "é uma história de sucesso", que a prioridade deve ser a de atender com mais intensidade e eficácia os problemas dos cidadãos e que é preciso avançar na integração.
Hollande viu como prioridade garantir a segurança da Europa, proteger suas fronteiras comuns para poder lutar contra ameaças como o terrorismo, controlar o fluxo migratório e defender seus interesses comerciais sem cair no protecionismo.
Merkel acrescentou que o bloco comunitário precisa de um impulso, otimismo e capacidade de atuar, porque Europa não é um ente "abstrato", mas um conjunto de cidadãos, cujo bem-estar deve ser garantido.