Kazim-Zhomar Tokayev, novo presidente do Cazaquistão: renúncia de Nursultan Nazarbayev foi "sinal de grandeza" (Kazakh Presidential Press Service/Handout/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de março de 2019 às 08h30.
Última atualização em 20 de março de 2019 às 08h30.
Astana — Kazim-Zhomar Tokayev foi confirmado nesta quarta-feira, 20, como presidente do Cazaquistão, após a renúncia no dia anterior de Nursultan Nazarbayev, que governou o país por quase três décadas.
Tokayev, que assumiu a chefia do Estado na sua condição de presidente do Senado, fez o juramento do cargo em reunião plenária das duas câmaras do Parlamento.
"Eu juro solenemente servir o povo do Cazaquistão, cumprir rigorosamente a Constituição, garantir os direitos e liberdade dos cidadãos e exercer fielmente as altas responsabilidades de presidente da República do Cazaquistão que me foram confiadas", afirmou o novo líder.
Segundo a Constituição cazaque, Tokayev ficará no poder até abril de 2020, quando termina o mandato para o qual seu antecessor foi eleito.
Em seu discurso de posse, o novo presidente cazaque, de 65 anos, destacou que a decisão de Nazarbayev de renunciar é "um sinal de sua grandeza como político de significado global e histórico".
"A República do Cazaquistão deve todas as suas conquistas e sucessos, e em particular sua sagrada independência, a Nursultan Nazarbayev", completou.
Tokayev lembrou que seu antecessor, de 78 anos, segue ocupando os cargos de presidente do Conselho de Segurança do Cazaquistão e do partido governista Nur Otan.
"A opinião do 'Elbasi' (líder da nação) terá prioridade no desenvolvimento e adoção de medidas de natureza estratégica", disse.
Em 2010, o parlamento cazaque concedeu a Nazarbayev o título vitalício de "Elbasi".
"Considero essencial perpetuar o nome do nosso grande contemporâneo, o primeiro presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, da seguinte forma: nossa capital deve ter o nome de nosso presidente e ser chamada de Nursultan", propôs Tokayev.