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Joe Biden fica 8 pontos à frente de Trump em nova pesquisa eleitoral

O candidato democrata se mantém à frente de Trump nas intenções de voto, mas a vantagem diminuiu em relação a julho

Donald Trump e Joe Biden: cerca de 51% dos eleitores registrados no país votariam em Biden se a eleição fosse hoje, ante 43% que apoiariam Trump (Kevin Lamarque//BIDEN CAMPAIGN/Reuters)

Donald Trump e Joe Biden: cerca de 51% dos eleitores registrados no país votariam em Biden se a eleição fosse hoje, ante 43% que apoiariam Trump (Kevin Lamarque//BIDEN CAMPAIGN/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de setembro de 2020 às 12h02.

O ex-vice-presidente e candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, manteve sua liderança sobre o presidente Donald Trump na nova pesquisa realizada pelo Wall Street Journal e NBC News. De acordo com o levantamento, cerca de 51% dos eleitores registrados no país votariam em Biden se a eleição fosse hoje, ante 43% que apoiariam Trump.

A vantagem de oito pontos porcentuais de Biden em relação a Trump foi semelhante à da pesquisa do mês passado, de 9 pontos porcentuais. Em julho, a diferença entre os dois candidatos era de 11 pontos. Biden vem liderando as pesquisas de intenção de voto por seis pontos ou mais ao longo de todo o ano.

O levantamento do Wall Street Journal/NBC News foi feito com 1 mil eleitores entre 13 a 16 de setembro - antes da morte da juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, na última sexta-feira. Além deste fator, os três debates presidenciais podem influenciar eleitores nas últimas semanas de campanha. O primeiro está marcado para 29 de setembro.

Por ora, a maioria dos eleitores diz estar decidida sobre suas escolhas, com mais de 70% afirmando que os debates terão pouco importância para eles, incluindo 44% que dizem que não influenciarão em nada sua escolha, um recorde desde 2000. "Simplificando: em 2020, os fundamentos de nosso país foram abalados até o âmago, enquanto os fundamentos da eleição, não", disse o pesquisador democrata Jeff Horwitt, que conduziu a pesquisa com o republicano Bill McInturff.

A atenção para a campanha já estava em um nível recorde antes da batalha esperada para substituir a juíza Ginsburg. Um recorde de 75% dos eleitores da pesquisa classificou seu interesse na eleição em 10, em uma escala de 10 pontos.

Apesar de Trump continuar perdendo na pesquisa nacional, a pesquisa mostrou que ele carrega algumas vantagens para as semanas finais. Eleitores continuam a vê-lo como mais adequado do que Biden para administrar a economia - 48% a favor de Trump, contra 38% de Biden - ainda que a pandemia tenha deixado milhões de desempregados. Trump vem atraindo republicanos que dizem que apóiam o próprio partido mais do que o presidente, e tem uma base de eleitores mais entusiasmada, conforme a pesquisa. "Há um pulso de possibilidade para Donald Trump (agora) que era muito mais difícil de ver em julho", disse McInturff.

Embora os eleitores vejam Trump como melhor administrador da economia, cada vez mais o veem como a opção mais fraca para lidar com a pandemia do coronavírus. Dos eleitores, 51% consideram, Biden melhor candidato para controlar o surto, ante 29% que apontam Trump para a tarefa - diferença de 22 pontos, ante 11 pontos em junho. Trump tem enfrentado críticas por minimizar a ameaça enquanto pressiona para reabrir a economia.

O índice de aprovação do presidente de modo geral é de 45% entre os entrevistados, três pontos percentuais acima de julho; o de desaprovação é de 53%. Trump está conquistando eleitores do sexo masculino, mas por porcentagem menor do que Biden está conquistando mulheres. O presidente também vem atraindo parcela menor do voto branco do que em 2016 e obtendo desempenho inferior entre eleitores com 65 anos ou mais do que há quatro anos. Biden está conquistando este público, com 50% de suas intenções de voto, em relação a 46% a favor de Trump.

Questionados sobre qual dos candidatos é melhor para lidar com o crime e a violência, 43% dos eleitores apontaram Trump, contra 41% que responderam Biden. Trump tem afirmado que Biden é fraco demais para responder aos protestos em cidades norte-americanas contra injustiças raciais. Horwitt observou, contudo, que eleitores do país estão tão preocupados com a falta de ordem nas cidades quanto com o fato de a polícia atirar em residentes negros. "O poder dessa questão não deve ser subestimado, mesmo que ainda não tenha ajudado a mudar a trajetória da eleição", disse ele, referindo-se a Trump.

As críticas do presidente a Biden no que se refere a políticas da China têm surtido algum efeito entre eleitores: 46% dizem que Trump é mais adequado para lidar com o país asiático, em comparação a 37% que defendem o ex-vice-presidente.

No que se refere aos militares e veterenaos dos EUA, 47% dos entrevistados consideram Biden melhor por apoiar e respeitar a categoria, acima dos 42% que preferem Trump. Os eleitores também veem Biden como mais honesto e confiável e, por uma margem esmagadora, de 52% contra 28%, dizem que ele é mais capaz de unir o país.

A pesquisa mostra que Biden conseguiu corrigir algumas deficiências em sua base eleitoral, melhorando números de eleitores jovens e negros. Entre estes públicos, as opiniões negativas sobre Biden superam as positivas em 2 pontos percentuais na atual pesquisa, ante 12 pontos em julho. Já as opiniões negativas sobre Trump superam as positivas em 11 pontos na pesquisa divulgada neste domingo.

Embora 38% dos eleitores digam que não há chance de apoiar Biden 47% dizem isso sobre Trump. "Essa é uma grande barreira" para o presidente, disse McInturff. Apenas 11% na pesquisa sugerem que seu voto está em disputa.

A margem de erro da pesquisa do Wall Street Journal/NBC News é 3 1 pontos percentuais para cima ou para baixo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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