Mundo

Itália pede prisão perpétua para ex-ditadores latinos

Itália acusa 30 pessoas de sequestro e homicídio agravado de 23 cidadãos de origem italiana


	Direito: problemas burocráticos ligados à morte de muitos dos suspeitos reduziram o número de réus
 (Thinkstock/Thinkstock)

Direito: problemas burocráticos ligados à morte de muitos dos suspeitos reduziram o número de réus (Thinkstock/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 20h02.

A Procuradoria de Roma pediu nesta sexta-feira (14) a condenação à prisão perpétua de 30 pessoas, incluindo ex-ditadores que integraram juntas militares que comandaram países da América Latina nas décadas de 1970 e 1980.

Elas são acusadas de sequestro e homicídio agravado de 23 cidadãos de origem italiana, no âmbito da Operação Condor, estratégia político-militar conjunta de ditaduras do Cone Sul para exterminar adversários.

O caso já dura 16 anos e inicialmente investigava 140 pessoas, incluindo 11 brasileiros, mas problemas burocráticos ligados à morte de muitos dos suspeitos reduziram o número de réus, que são chilenos, bolivianos, peruanos e uruguaios.

O único para quem foi pedida absolvição é o tenente Ricardo Eliseo Chávez Domínguez, ex-chefe do serviço secreto da Marinha Militar do Uruguai.

Entre os réus também estavam os ex-ditadores Juan María Bordaberry (do Uruguai) e Jorge Rafael Videla (da Argentina), mas ambos morreram durante as investigações.

Já entre os que continuam vivos estão o ex-primeiro-ministro, Pedro Richter Prada, e o ex-presidente do Peru Francisco Morales Bermúdez; o ex-ditador uruguaio Gregorio Álvarez, que já cumpre pena em seu país desde 2007 por violações dos direitos humanos, o ex-mandatário da Bolívia, Luis García Meza Tejada,  e o ex-ministro do Interior boliviano Luis Arce Gómez.

Acompanhe tudo sobre:CrimeDitaduraEuropaHomicídiosItáliaPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia