Fumaça sobe sobre os subúrbios ao sul de Beirute após um ataque aéreo israelense em 26 de novembro de 2024, em meio à guerra em andamento entre Israel e o Hezbollah (Fadel ITANI/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 26 de novembro de 2024 às 13h30.
Última atualização em 26 de novembro de 2024 às 13h30.
Israel bombardeou nesta terça-feira, 26, um edifício perto de uma mesquita localizada no bairro de Nuweiri, no centro de Beirute, em um momento de máxima expectativa por um possível acordo iminente de cessar-fogo no Líbano entre o Estado judeu e o grupo xiita libanês Hezbollah.
O Centro de Operações de Emergência, dependente do Ministério da Saúde Pública libanês, relatou em comunicado que o ataque causou a morte de sete pessoas e feriu outras 37, enquanto prosseguem os trabalhos de remoção de destroços.
A agência de notícias libanesa “ANN” informou que "um ataque muito violento realizado por aviões de combate inimigos" teve como alvo "um edifício perto da mesquita de Khatam al Anbia em Nuweiri, em Beirute", que foi destruído no bombardeio.
EUA vetam pela 4ª vez resolução da ONU que pede cessar-fogo na Faixa de GazaA agência estatal afirmou que o prédio de quatro andares “alojava pessoas deslocadas” pelos bombardeios israelenses.
Poucos minutos depois, aviões de guerra israelenses realizaram outra série de bombardeios em grande escala contra mais de uma dezena de pontos nos subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahye, depois de o Exército ter emitido ordens de evacuação em diferentes partes da cidade.
Segundo a “ANN”, o “cinturão de fogo” cercou os bairros de Burj al Barajneh, Haret Hreik e Al Hadath e “a fumaça cobriu a maior parte da atmosfera de Dahye até Beirute”.
O porta-voz em árabe do Exército israelense, Avichay Adraee, assegurou que estas áreas dos subúrbios abrigam “instalações e interesses” do grupo xiita libanês Hezbollah, ao mesmo tempo em que afirmou que Israel atacou “amplamente” vários alvos da formação armada naquela zona, sem fornecer mais detalhes.
Estes ataques ocorrem momentos antes de o Gabinete de Segurança israelense se reunir para discutir e provavelmente aprovar o acordo de cessar-fogo, que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já aceitou “em princípio”.