Mundo

Incêndio no Havaí: moradores se jogam no mar para fugir do fogo

Ao menos 36 pessoas morreram; rápida propagação deixou cidade histórica em cinzas

Havaí: incêndio deixou cidade em cinzas  (AFP/AFP)

Havaí: incêndio deixou cidade em cinzas (AFP/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 10 de agosto de 2023 às 10h14.

Última atualização em 14 de agosto de 2023 às 12h37.

Ao menos 36 pessoas morreram depois que incêndios florestais de rápida propagação reduziram uma cidade histórica do Havaí a cinzas e obrigaram milhares de moradores a fugir das chamas pelo mar, anunciaram as autoridades do arquipélago americano.

"Encontramos até o momento 36 pessoas mortas, devido ao incêndio de Lahaina, que segue ativo", anunciou o governo do condado de Maui em um comunicado.

As chamas queimaram mais de 800 hectares, segundo as autoridades.

Os incêndios começaram na madrugada de terça-feira, 8, e o avanço rápido das chamas colocou em perigo residências, empresas e serviços públicos, assim como mais de 35 mil pessoas na ilha de Maui, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí.

As chamas destruíram a cidade de Lahaina, na costa oeste do Maui.

"Grande parte de Lahaina, no Maui, ficou destruída, e centenas de famílias estão deslocadas", afirmou o governador Josh Green.

Incêndios florestais no Havaí provocaram 36 mortes (AFP/AFP)

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o fogo destruindo a localidade turística, densas colunas de fumaça e vários barcos atracados em Lahaina em chamas.

Moradores da cidade pularam na água para fugir do incêndio, relatou o general americano Kenneth Hara ao canal Hawaii News Now. Ao menos 14 pessoas foram resgatadas no mar pela Guarda Costeira.

Os incêndios atingiram Maui com força, mas outros focos foram registrados na ilha do Havaí.

Situação dramática

"Foi terrível", declarou Claire Ken, moradora de Lahaina, ao canal CNN. "Tenho certeza de que algumas pessoas não conseguiram escapar", acrescentou.

Os militares americanos mobilizaram três helicópteros para ajudar nos combates às chamas, informou o Comando Indo-Pacífico.

Os helicópteros militares que ajudam os bombeiros utilizaram 570 mil litros de água na quarta-feira para controlar os incêndios no condado de Maui.

"O objetivo principal é salvar vidas, evitar o sofrimento das pessoas e conter a grande perda material", declarou Hara.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou "que todos os recursos federais disponíveis nas ilhas ajudem na resposta" aos incêndios.

A rede hospitalar da ilha está "saturada" com os pacientes com queimaduras e pessoas que inalaram muita fumaça, informou a vice-governadora do Havaí, Sylvia Luke, que descreveu a situação como "dramática".

Luke disse que os incêndios foram provocados pelas condições secas e os ventos fortes do furacão Dora, que está ao sul do arquipélago americano, mas que não deve tocar o solo.

As autoridades do condado pediram a todos os visitantes que abandonem a ilha o mais rápido possível e organizaram viagens de ônibus para transportar os turistas até o aeroporto Kahului.

No aeroporto, muitos turistas ficaram bloqueados depois que seus voos foram cancelados, ou adiados.

Milhões de pessoas sofreram com fenômenos meteorológicos extremos em todo o mundo nas últimas semanas, que segundo os cientistas, foram exacerbados pela mudança climática.

Acompanhe tudo sobre:HavaíIncêndios

Mais de Mundo

Reabertura da Notre-Dame: Macron celebra o resultado da restauração

Projeto de lei sobre suicídio assistido avança no Parlamento do Reino Unido

ONU adverte que o perigo da fome “é real” na Faixa de Gaza

Agência da ONU pede investigação de abusos após cessar-fogo no Líbano