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Hollande denuncia "falta de dignidade" de candidato Fillon

O candidato conservador viu sua candidatura balançar após as revelações, no fim de janeiro, sobre os supostos empregos fictícios de sua esposa e dois filhos

François Hollande: na noite de quinta-feira, Fillon acusou o presidente socialista de estar à frente de um "gabinete na sombra" (Stephane de Sakutin/Pool/Reuters)

François Hollande: na noite de quinta-feira, Fillon acusou o presidente socialista de estar à frente de um "gabinete na sombra" (Stephane de Sakutin/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de março de 2017 às 11h09.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 11h11.

O presidente francês, François Hollande, denunciou nesta sexta-feira a falta de dignidade e responsabilidade do candidato conservador nas presidenciais, François Fillon, que acusou o chefe de Estado de organizar vazamentos contra ele à imprensa.

"Não quero entrar no debate eleitoral, não sou candidato, mas há uma dignidade, uma responsabilidade a respeitar. Acredito que Fillon agora se encontra para além ou abaixo" dela, declarou o chefe de Estado à rádio Franceinfo.

Na noite de quinta-feira, François Fillon denunciou um "escândalo de Estado" e acusou o presidente socialista de estar à frente de um "gabinete na sombra" que organiza vazamentos à imprensa sobre seus problemas judiciais durante um programa de televisão na France 2.

Hollande respondeu nesta sexta-feira que "felizmente há um gabinete que trabalha, mas não nos intrometemos nestes casos, e já sabem minha posição, sempre foi a independência da justiça, o respeito à presunção de inocência e não interferir nunca".

Fillon viu sua candidatura balançar após as revelações no fim de janeiro sobre os supostos empregos fictícios de sua esposa, Penelope Fillon, e de dois de seus filhos como assistentes parlamentares.

Estas revelações levaram ao seu indiciamento na semana passada - a primeira vez que isso ocorreu com um candidato principal às presidenciais francesas - por desvio de fundos públicos.

Ganhador de surpresa das primárias da direita, Fillon, de 63 anos, que foi favorito das pesquisas, se encontra agora atrás da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, e de Emmanuel Macron, candidato de centro e ex-ministro de Hollande.

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