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Governo libanês ativa plano de emergência nacional após intensos bombardeios de Israel

Até o momento, 182 pessoas morreram no país e Cruz Vermelha mobiliza todas as suas amblâncias para atender vítimas

Ondas de fumaça saem do local de um ataque aéreo israelense na vila de Khiam, no sul do Líbano, em 23 de setembro de 2024. Os militares israelenses em 23 de setembro disseram às pessoas no Líbano para se afastarem dos alvos do Hezbollah e prometeram realizar ataques mais "extensos e precisos" contra o grupo apoiado pelo Irã (Rabih DAHER/AFP)

Ondas de fumaça saem do local de um ataque aéreo israelense na vila de Khiam, no sul do Líbano, em 23 de setembro de 2024. Os militares israelenses em 23 de setembro disseram às pessoas no Líbano para se afastarem dos alvos do Hezbollah e prometeram realizar ataques mais "extensos e precisos" contra o grupo apoiado pelo Irã (Rabih DAHER/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 23 de setembro de 2024 às 11h45.

Última atualização em 23 de setembro de 2024 às 11h54.

O governo do Líbano anunciou nesta segunda-feira, 23, que ativou por completo um plano de emergência nacional para atender o "número considerável" de pessoas que estão deslocadas em diferentes áreas após os intensos bombardeios de Israel contra o sul e o leste do país, que deixaram pelo menos 182 mortos.

O anúncio ocorreu após a reunião do Comitê Nacional de Coordenação de Resposta a Desastres e Crises, que discutiu "a nova situação e os ataques recentes, especialmente contra civis e áreas povoadas perto de vilas e cidades" no sul e no leste do país mediterrânico, segundo uma declaração do governo.

O comunicado acrescentou que o governo está “monitorando o número de pessoas deslocadas” e também realizando um censo populacional a fim de dar a resposta adequada.

“Há relatos iniciais da transferência de um número considerável de pessoas deslocadas para áreas do Monte Líbano, áreas de Bekaa ocidental e Beirute”, observou a nota sem fornecer números.

De acordo com a agência de notícias libanesa “ANN”, a região de Akkar (norte) recebeu um grande número de deslocados do sul, enquanto a imprensa local relata que os residentes estão fugindo principalmente das províncias do sul e de Nabatieh, onde estão concentrados aproximadamente pouco mais de um milhão de habitantes.

As autoridades também estão coordenando a abertura de escolas e outros centros para acolher os deslocados no Monte Líbano e nas cidades de Sidon e Tiro, no sul, bem como em outros locais perto de áreas bombardeadas por Israel.

O plano de emergência contempla também a escassez de alimentos e como abordar a distribuição de mantimentos entre a população, enquanto o governo afirmou que está em contato com os sindicatos competentes para “distribuir alimentos entre as lojas” nas áreas de acolhimento de deslocados, como Monte Líbano ou Beirute.

Neste sentido, o governo comemorou o fato de a ONU ter garantido que as quantidades necessárias de alimentos “estarão disponíveis” para cobrir as necessidades dos cidadãos, ao mesmo tempo em que indicou que “os abastecimentos alimentares estão disponíveis durante meses” e outros carregamentos estão a caminho.

Desde o início da manhã, Israel lança intensos bombardeios contra diversas áreas do sul do Líbano e também do Vale do Bekaa, no leste do país.

Os confrontos entre o Estado judeu e o grupo xiita Hezbollah entraram em uma nova fase de intensidade desde a semana passada, quando milhares de dispositivos de comunicação de membros da formação libanesa explodiram simultaneamente e vários dos seus comandantes foram assassinados perto de Beirute.

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