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Governo francês vai enfrentar duas moções de censura por "Benallagate"

Moções buscam forçar o Executivo a se explicar sobre escândalo em que um dos ex-chefes de segurança de Macron, Alexandre Benalla, que agrediu manifestantes

Emmanuel Macron: é a primeira contra moção de censura contra o governo do presidente francês (Rafael Marchante/Reuters)

Emmanuel Macron: é a primeira contra moção de censura contra o governo do presidente francês (Rafael Marchante/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de julho de 2018 às 16h37.

O governo do presidente francês, Emmanuel Macron, terá que enfrentar nesta terça-feira duas moções de censura por sua gestão do "caso Benalla", considerada a sua pior crise política desde que chegou ao poder, há pouco mais de um ano.

As duas moções de censura, uma impulsionada pela direita e outra pela esquerda, não têm chances de prosperar, uma vez que o partido centrista de Macron, A República em Marcha (LREM), tem uma maioria absoluta na Assembleia Nacional.

Mas derrubar o governo de Macron não é o objetivo buscado pela oposição. Os Republicanos (direita) e a esquerda buscam com esta ação forçar o Executivo a se explicar sobre o escândalo envolvendo um dos ex-chefes de segurança de Macron, Alexandre Benalla, que agrediu manifestantes durante protestos de 1º de maio.

Benalla, que, segundo imagens capturadas por testemunhas, usava capacete e braçadeira policial, foi inicialmente suspenso sem pagamento por 15 dias, mas depois que a imprensa divulgou o caso, foi demitido e acusado pela justiça por violência e usurpação da função pública.

Altos quadros da presidência estavam cientes do incidente, mas não informaram a justiça conforme exigido por lei.

O primeiro-ministro Edouard Philippe deverá responder às perguntas de um deputado de cada um dos dois partidos que apresentaram a moção de censura.

As moções de censura são bastante frequentes na França. Foram mais de 100 desde 1958. Mas é a primeira contra o governo de Emmanuel Macron desde a sua vitória na eleição presidencial de 2017.

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