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Fukushima detecta novo vazamento de água radioativa no mar

O vazamento teria chegado ao mar e vem desde o mês de abril do ano passado


	Usina nuclear de Fukushima: o líquido continha 29,4 mil becquerels por litro de césio radioativo e 52 mil de estrôncio
 (Koji Sasahara/AFP)

Usina nuclear de Fukushima: o líquido continha 29,4 mil becquerels por litro de césio radioativo e 52 mil de estrôncio (Koji Sasahara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 06h50.

Tóquio - A operadora responsável pela usina nuclear de Fukushima, no Japão, detectou um novo vazamento de água radioativa através da tubulação de drenagem de um dos reatores, que teria chegado ao mar e vem desde o mês de abril do ano passado, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira pela imprensa japonesa.

A proprietária da usina, Tokyo Electric Power Company (Tepco), anunciou ontem a descoberta de um reservatório de água altamente radioativa acumulada sobre teto do reator número 2.

O líquido continha 29,4 mil becquerels por litro de césio radioativo e 52 mil de estrôncio e outras substâncias emissoras de raios beta, segundo informações da Tepco.

Esta água procedente das chuvas e contaminada pelos resíduos radioativos emanados do reator teria vazado pelos canais de drenagem do edifício, que desembocam no píer da central e no Oceano Pacífico, explicou a operadora.

Em abril do ano passado, a Tepco detectou a acumulação de água sobre o teto do reator, assim como um aumento dos níveis de radiação nos dutos de drenagem cada vez que chovia, segundo declarações de responsáveis da usina divulgadas hoje pela emissora estatal "NHK".

A companhia decidiu não tomar medidas, nem tornar público o problema até agora, por não contar com os resultados das análises sobre os níveis de radioatividade do líquido acumulado.

Para controlar os vazamentos, a Tepco anunciou a instalação de sacos de areia sobre o teto do reator e o fechamento dos canais de drenagem que desembocam no mar, medidas que devem estar prontas até o final de março.

Além disso, a operadora afirmou que não registrou um aumento dos níveis de radioatividade nas águas marinhas próximas da central.

A notícia foi veiculada dois dias depois que a Tepco detectou outro possível vazamento de água altamente radioativa no mar por um dos canais de drenagem da usina.

A Tepco decidiu fechar essa tubulação e extrair a água contaminada com uma bomba para evitar que chegasse ao mar, mas suspeita que "poderia haver um vazamento nos píeres", segundo a operadora.

A associação de pescadores de Fukushima expressou sua preocupação com os últimos incidentes que podem afetar "sua confiança" na Tepco, disse o responsável da organização, Masakazu Yabuki.

O líder da associação acrescentou que a decisão de aceitar os despejos controlados de água com baixa radioatividade da usina no mar poderia ser reconsiderada, em declarações à "NHK".

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