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França utiliza todos os recursos para bloquear acordo UE-Mercosul, diz ministro

Comissão Europeia, que negocia em nome de todos os países da UE, parece decidida a assinar o tratado comercial com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai até o final do ano

Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva (R) shakes hands with France's President Emmanuel Macron on his arrival at the Planalto Palace in Brasilia on March 28, 2024. (Photo by Sergio Lima / AFP) (Sergio Lima/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 10h56.

Última atualização em 14 de novembro de 2024 às 10h56.

A França mobiliza "todos os meios" para bloquear a adoção do acordo entre a União Europeia (UE) e os países do Mercosul, afirmou nesta quinta-feira, 14, o ministro da Economia, Antoine Armand, no momento em que os agricultores franceses preparam novos protestos.

"Usamos todos os meios, inclusive meios institucionais e de votação a nível europeu, para que o (acordo do) Mercosul não seja aprovado na sua forma atual", disse Armand durante uma entrevista à SudRadio.

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Líderes de toda classe política e do setor agropecuário da segunda maior economia da UE se mobilizaram, com uma unanimidade incomum, contra a assinatura do acordo, em nome da defesa da agricultura e do meio ambiente.

A Comissão Europeia, que negocia em nome de todos os países da UE, parece decidida a assinar o tratado comercial com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai até o final do ano.

Para bloquear a decisão, a França tenta convencer os outros 26 países da UE para reunir uma minoria de bloqueio no Conselho, uma instância que reúne os governos do bloco, diante da pressão da Alemanha e da Espanha, que desejam a adoção do acordo.

"Estamos trabalhando com os países europeus para fazê-los entender o perigo que este acordo representa", destacou o ministro francês. "É inaceitável e intolerável para os nossos agricultores", acrescentou.

Mais de 600 parlamentares franceses (deputados, senadores e deputados europeus) enviaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para manifestar sua oposição ao tratado.

Os sindicatos agropecuários convocaram manifestações a partir da próxima semana, menos de um ano após uma mobilização histórica, contra o acordo, que começou a ser negociado há mais de duas décadas.

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