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Evo Morales realiza marcha na Argentina para marcar fim do mandato

Mesmo exilado na Argentina, Evo Morales espera levar seu partido a uma nova vitória eleitoral este ano na Bolívia

Evo Morales: ex-presidente está exilado na Argentina após renunciar à Presidência da Bolívia sob pressão (Matias Baglietto/Reuters)

Evo Morales: ex-presidente está exilado na Argentina após renunciar à Presidência da Bolívia sob pressão (Matias Baglietto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 10h28.

Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 11h19.

Buenos Aires — O ex-presidente boliviano Evo Morales realizou um evento "comemorativo" no exílio em Buenos Aires para marcar o fim de seu mandato presidencial, na quarta-feira.

Morales, que mesmo à distância espera levar seu partido a uma nova vitória eleitoral este ano, vive na Argentina depois de renunciar à Presidência sob pressão em novembro, em consequência de uma reeleição polêmica que provocou protestos generalizados.

Falando diante de uma multidão de milhares de pessoas em um estádio esportivo na capital argentina, Morales afirmou que venceu a acirrada eleição de outubro e divulgou suas políticas como presidente, incluindo nacionalizar as indústrias de recursos naturais da Bolívia.

"Não é um caminho fácil e, é preciso dizer, é necessário fazer uma mudança profunda", disse Morales, que esteve no comando da Bolívia por quase 14 anos.

"Agradeço aos presentes neste evento muito importante, o aniversário de 14 anos do Estado plurinacional, por me acompanhar, por não me abandonar."

No domingo, Morales, que está impedido de concorrer à Presidência novamente, nomeou seu ex-ministro da Economia Luis Arce Catacora como candidato presidencial do partido Movimento ao Socialismo (MAS), com o ex-ministro das Relações Exteriores David Choquehuanca como seu companheiro de chapa para as eleições de 3 de maio na Bolívia.

A nova votação servirá como repetição da disputa de outubro e será a primeira em duas décadas sem Morales.

Morales renunciou em 10 de novembro, depois que uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) encontrou sérias irregularidades na contagem de votos. Morales nega qualquer ação errada e sustenta que foi deposto em um golpe.

Na terça-feira, o Congresso da Bolívia aceitou formalmente sua renúncia e a de seu vice, Álvaro García Linera.

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