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EUA definem Guarda Revolucionária do Irã como organização terrorista

Esta é a primeira vez que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rotula o grupo de terrorista

Irã: críticos temem que outras autoridades americanas façam declarações similares a governos hostis (AFP/AFP)

Irã: críticos temem que outras autoridades americanas façam declarações similares a governos hostis (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 8 de abril de 2019 às 12h21.

Última atualização em 8 de abril de 2019 às 13h19.

Os Estados Unidos incluíram oficialmente o corpo militar de elite do Irã, a Guarda Revolucionária Islâmica, em sua lista de organizações terroristas estrangeiras, anunciou o presidente Donald Trump nesta segunda-feira.

É a primeira vez que uma organização "que faz parte de um governo estrangeiro" é designada dessa forma, afirmou em comunicado o presidente americano, afirmando que essa medida aumentará a "pressão" contra Teerã.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, por sua vez, alertou todos os bancos e empresas sobre as consequências de negociar com a Guarda Revolucionária.

"Empresas e bancos de todo o mundo agora têm o claro dever de garantir que as empresas com as quais realizam transações financeiras não sejam conduzidas com a IRGC de maneira relevante", disse ele aos repórteres, usando a sigla para o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu elogiando a decisão de Washington.

"Agradeço ao meu querido amigo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por decidir colocar a Guarda Revolucionária Iraniana na lista de organizações terroristas", escreveu Netanyahu no Twitter. "Obrigado por responder a outra importante demanda minha, que atende aos interesses de nossos países e dos países da região", acrescentou.

O Irã é o principal inimigo de Israel e Netanyahu se opôs fortemente ao acordo nuclear de 2015 entre Teerã e as potências mundiais.

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