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Encontro de extrema-direita em Lisboa gera protestos

Protestos foram contra uma conferência organizada pela Nova Ordem Social de Portugal, que atraiu por volta de 65 pessoas de vários localidades da Europa

Protestos contra extrema-direita em Lisboa: Portugal é um dos quatro países na Europa que não tem  um partido de extrema-direita no Parlamento (Rafael Marchante/Reuters)

Protestos contra extrema-direita em Lisboa: Portugal é um dos quatro países na Europa que não tem um partido de extrema-direita no Parlamento (Rafael Marchante/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2019 às 17h37.

LISBOA - Centenas de ativistas marcharam por algumas das principais ruas de Lisboa, neste sábado, em protesto contra uma conferência de grupos de extrema-direita, organizada pela Nova Ordem Social de Portugal, que atraiu por volta de 65 pessoas de vários localidades da Europa.

A reunião foi realizada em uma sala de conferência no hotel lisboeta Sana, onde a maioria dos assentos estava vazia, sinalizando a falta de popularidade da extrema-direita em Portugal, que é um dos únicos quatro países na Europa sem um partido político de extrema-direita no Parlamento.

Enquanto a conferência acontecia, manifestantes carregando pôsteres antinazistas marchavam em um protesto apoiado por partidos de esquerda, incluindo os comunistas e o Bloco de Esquerda, que apoiam o governo dos socialistas no Parlamento.

"Não deveria ser aceitável, em nosso país, autorizar eventos que possam reunir, de diversos países, movimentos que são xenofóbicos, racistas e abertamente fascistas", disse à Reuters a parlamentar do Bloco de Esquerda, Isabel Pires.

O governo, liderado pelo primeiro-ministro António Costa, tem sido criticado por organizadores de protestos por permitir a conferência, que reuniu membros de vários grupos europeus, incluindo o alemão Die Rechte e o Partido Nacionalista Francês.

Durant a conferência, Mário Machado, líder da Nova Ordem Social, disse à Reuters: "Não queríamos ficar fora de um movimento internacional acontecendo na Europa."

Machado foi solto da prisão em 2017 depois de passar uma década atrás das grades por crimes que incluíam discriminação racial e posse de armas ilegais.

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