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Eleições na França: os planos dos rivais de Macron para a economia

Propostas vão desde cortar taxas na energia a aumentar impostos sobre ricos

Bardella, de 28 anos, é o líder da extrema-direita francesa que pode sair vitorioso nas próximas eleições (Guillaume Souvant/AFP)

Bardella, de 28 anos, é o líder da extrema-direita francesa que pode sair vitorioso nas próximas eleições (Guillaume Souvant/AFP)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 21 de junho de 2024 às 06h35.

Última atualização em 21 de junho de 2024 às 07h35.

A França terá eleições em 30 de junho e 7 de julho. Tanto o partido de extrema-direita União Nacional quanto a coligação de esquerda Frente Popular prometem salvar o país da ruína financeira.

De acordo com o New York Times, membros da MEDEF, a principal associação patronal de França, realizaram uma espécie de sabatina com os principais candidatos das eleições francesas.

Nesta quinta-feira, Jordan Bardella, o líder da União Nacional, falou sobre o que pensa para o futuro econômico da França. Ele prometeu reduzir o imposto de renda para cidadãos com menos de 30 anos e quer dar incentivos a empresas para aumentarem o salário em 10%. Bardella, de 28 anos, também propôs reduzir as taxas sobre energia.

Uma questão muito discutida foi a imigração. O direitista falou que aqueles que tivessem carteira de trabalho, e pagam impostos, poderiam ficar. No entanto, imigrantes que estivessem desempregados há seis meses desde o último trabalho, teriam que deixar a França. Jordan Bardella também que sua coligação financiaria mais gastos sociais para os francesas ao passo que não iria permitir que imigrantes ilegais pudessem usar o sistema de saúde do país.

Do lado da esquerda, os empresários mostraram-se preocupados, segundo o New York Times, com as promessas de aumentar o salário mínimo, reduzir para 60 anos a idade para se aposentar e congelar preços de bens de primeira necessidade para ajudar famílias mais pobres atingidas pela inflação.

Os líderes empresariais vaiaram quando Eric Coquerel, representante do partido de esquerda La France Insoumise, apontou para alguns presentes enquanto criticava as empresas por se preocuparem mais com as margens de lucro do que com as pessoas. “Queremos que os bilionários paguem mais impostos”, disse ele.

No campo governista, os empresários aplaudiram o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, o rosto de Macron nesta campanha e cujas políticas pró-empresas são vistas como essenciais para acelerar o crescimento econômico.

Na quarta-feira, a União Europeia repreendeuu a França por violar regras que exigem uma disciplina fiscal rigorosa. Muitos empresários não esqueceram que foi Le Maire que supervisionou um programa para apoiar empregadores e empregados durante a pandemia, numa política de gastos de 300 bilhões euros, que é uma das principais causas do déficit e da dívida da França atualmente.

Na última pesquisa, divulgada na quinta-feira, a União Nacional registrou 34% das intenções de votos, enquanto a Frente Popular alcançou 29%. O bloco governista de Macron teria 22%.

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