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'É apenas o começo', diz Netanyahu após Israel retomar ataques na Faixa de Gaza

Declaração do premiê ocorreu nesta terça-feira, enquanto centenas de pessoas se manifestavam na cidade israelense para criticar o retorno de Israel à guerra

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de março de 2025 às 18h26.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira, 18, que a onda de ataques na Faixa de Gaza nas últimas horas, na qual mais de 400 pessoas foram mortas, "é apenas o começo" e advertiu que "de agora em diante, as negociações (com o Hamas) só ocorrerão sob fogo".

"O Hamas já sentiu nossa força e eu gostaria de deixar claro para eles que isso é apenas o começo. Continuaremos a lutar para atingir todos os objetivos da guerra", disse o premiê em uma breve declaração em vídeo, em hebraico, do Kirya, o quartel-general das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e do Ministério da Defesa em Tel Aviv.

Netanyahu falou enquanto centenas de pessoas, incluindo vários dos reféns libertados na Faixa de Gaza durante a última trégua de dois meses, se manifestavam na cidade israelense para criticar o retorno de Israel à guerra.

Em sua mensagem, Netanyahu acusou o grupo islâmico de não aceitar nenhuma das propostas feitas por Israel e pelos Estados Unidos, por meio dos mediadores, para estender o cessar-fogo em Gaza. O Hamas pede há semanas às autoridades israelenses que se sentem e negociem os termos da segunda fase, que deveria ter começado em 1º de março e que inclui a retirada total das IDF e a libertação dos reféns.

Netanyahu também criticou aqueles que, como denunciaram os parentes dos reféns, acreditam que o retorno à guerra é uma resposta a considerações políticas. "Eles estão apenas repetindo a propaganda do Hamas", rebateu o primeiro-ministro.

Em um vídeo separado, divulgado em inglês, Netanyahu argumentou que as IDF não estão alvejando civis palestinos, mas combatentes do Hamas.

"E quando esses terroristas se instalam em áreas civis, quando usam civis como escudos humanos, eles são responsáveis por todas as baixas indesejadas", enfatizou.

Até o momento, Israel confirmou a morte de cinco integrantes do alto escalão do grupo islâmico nos bombardeios, que romperam o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, enquanto o Ministério da Saúde de Gaza registrou a morte de 404 pessoas, incluindo 174 crianças e 89 mulheres.

"Cada morte de civil é culpa do Hamas", destacou o primeiro-ministro israelense.

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