Dilma não inclui combate à corrupção no Brasil sem Miséria
Presidente cita inflação e educação, mas se esquece da corrupção
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 13h23.
São Paulo – Dilma Rousseff perdeu uma oportunidade de ouro, nesta segunda-feira (25), de mostrar que o combate à corrupção é prioridade no seu governo e que, em última análise, eliminar a farra com o dinheiro público é reduzir a miséria no Brasil.
Em cerimônia realizada em Arapiraca (AL), a presidente da República lançou oficialmente o programa “Brasil sem Miséria” na região Nordeste. "No governo Lula, tiramos uma Argentina da pobreza. São 39,5 milhões de pessoas que se transformaram em classe média."
Além de destacar as principais ações que serão conduzidas em parceria com governos estaduais e prefeituras, Dilma citou duas medidas que, embora não façam parte oficialmente do programa, ajudam o combate à pobreza.
A primeira é o investimento em educação. “O Brasil é capaz de associar um programa que vai tirar 16 milhões de pessoas da miséria com um programa que tem como foco o caminho para a economia do conhecimento”, disse a presidente.
Dilma informou que serão disponibilizadas “75 mil bolsas para brasileiros estudarem no exterior nas melhores universidades do mundo”.
De fato, a presidente está correta. Na avaliação de qualquer analista, não há como combater a miséria sem investir em educação.
A segunda medida é o combate à inflação. “Precisamos de crescimento com estabilidade econômica. Não podemos conceber o Brasil parado, sem geração de oportunidades. (...) Não tenho dúvidas de que nós seremos capazes de defender a economia brasileira das ameaças internas e externas. Saberemos responder à altura, pois a inflação corrói o poder de compra dos trabalhadores”, afirmou Dilma.
Novamente a presidente acerta no alvo, embora haja momentos – e esse parece ser um deles – em que combater a inflação deva ser a prioridade mesmo que prejudique o crescimento econômico.
Faltou, no entanto, um terceiro item que merecia destaque num evento focado no combate à miséria. Trata-se da prometida faxina nos ministérios.
Sim, acabar com a bandalheira é condição sine qua non para o êxito de qualquer esforço de diminuir a pobreza. Sob olhares e ouvidos atentos de uma plateia nordestina, o tema poderia – e deveria – ter sido abordado pela presidente.
Por mais bem intencionado que seja um programa público, o resultado torna-se inócuo se o dinheiro for desviado no meio do caminho. As rodovias brasileiras, vítimas da farra no Ministério dos Transportes, estão aí para comprovar a tese.
São Paulo – Dilma Rousseff perdeu uma oportunidade de ouro, nesta segunda-feira (25), de mostrar que o combate à corrupção é prioridade no seu governo e que, em última análise, eliminar a farra com o dinheiro público é reduzir a miséria no Brasil.
Em cerimônia realizada em Arapiraca (AL), a presidente da República lançou oficialmente o programa “Brasil sem Miséria” na região Nordeste. "No governo Lula, tiramos uma Argentina da pobreza. São 39,5 milhões de pessoas que se transformaram em classe média."
Além de destacar as principais ações que serão conduzidas em parceria com governos estaduais e prefeituras, Dilma citou duas medidas que, embora não façam parte oficialmente do programa, ajudam o combate à pobreza.
A primeira é o investimento em educação. “O Brasil é capaz de associar um programa que vai tirar 16 milhões de pessoas da miséria com um programa que tem como foco o caminho para a economia do conhecimento”, disse a presidente.
Dilma informou que serão disponibilizadas “75 mil bolsas para brasileiros estudarem no exterior nas melhores universidades do mundo”.
De fato, a presidente está correta. Na avaliação de qualquer analista, não há como combater a miséria sem investir em educação.
A segunda medida é o combate à inflação. “Precisamos de crescimento com estabilidade econômica. Não podemos conceber o Brasil parado, sem geração de oportunidades. (...) Não tenho dúvidas de que nós seremos capazes de defender a economia brasileira das ameaças internas e externas. Saberemos responder à altura, pois a inflação corrói o poder de compra dos trabalhadores”, afirmou Dilma.
Novamente a presidente acerta no alvo, embora haja momentos – e esse parece ser um deles – em que combater a inflação deva ser a prioridade mesmo que prejudique o crescimento econômico.
Faltou, no entanto, um terceiro item que merecia destaque num evento focado no combate à miséria. Trata-se da prometida faxina nos ministérios.
Sim, acabar com a bandalheira é condição sine qua non para o êxito de qualquer esforço de diminuir a pobreza. Sob olhares e ouvidos atentos de uma plateia nordestina, o tema poderia – e deveria – ter sido abordado pela presidente.
Por mais bem intencionado que seja um programa público, o resultado torna-se inócuo se o dinheiro for desviado no meio do caminho. As rodovias brasileiras, vítimas da farra no Ministério dos Transportes, estão aí para comprovar a tese.