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Coreia do Sul registra forte aumento de casos de coronavírus

Governo tenta localizar milhares de pessoas que frequentaram bairro boêmio de Seul, capital do país, foco da onda nova de contágio da covid-19

Coreia do Sul: 85 pessoas infectadas estão vinculadas a um homem de 29 anos que frequentou bares e boates de um bairro boêmio de Seul (Seong Joon Cho/Getty Images)

Coreia do Sul: 85 pessoas infectadas estão vinculadas a um homem de 29 anos que frequentou bares e boates de um bairro boêmio de Seul (Seong Joon Cho/Getty Images)

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AFP

Publicado em 11 de maio de 2020 às 09h21.

A Coreia do Sul registrou nesta segunda-feira (11) o maior número de casos de coronavírus em mais de um mês, em razão do aparecimento de um foco de contágio em um bairro de vida noturna em Seul.

O país, que em fevereiro era um dos maiores focos de infecção no mundo, é considerado um modelo na luta contra o vírus. A normalidade começou a se restabelecer na semana passada.

Neste fim de semana, porém, a capital Seul, a província vizinha de Gyeonggi e a cidade vizinha de Incheon decretaram o fechamento de boates e bares, porque as autoridades temem uma segunda onda epidêmica.

"O descuido pode levar a uma explosão de infecções", afirmou o prefeito de Seul, Park Won-soon, antes de informar que a ordem seguirá em vigor por tempo indeterminado.

Esse ressurgimento de casos ocorre em um momento em que muitos países europeus começam um processo gradual de desconfinamento de sua população.

A Coreia do Sul registrou 35 novos casos nesta segunda-feira, elevando o número total de pessoas positivas para COVID-19 a 10.909, de acordo com o Centro Coreano de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC).

Durante oito dos últimos 12 dias, o país registrou um aumento de um dígito no número de casos.
Esta manhã, 85 pessoas infectadas foram vinculadas a um homem de 29 anos que deu positivo depois de frequentar cinco boates e bares em Itaewon, um dos bairros mais quentes de Seul, no início de maio, informou no Twitter o prefeito da capital.

As autoridades municipais convocaram todos os que estiveram na região nas últimas duas semanas para serem submetidos a testes.

As autoridades de saúde estão tentando localizar "milhares de pessoas" que frequentaram esses estabelecimentos noturnos, disse o primeiro-ministro Chung Sye-kyun.

O aumento de infecções ocorre depois que o país flexibilizou, na quarta-feira passada, as medidas de distanciamento social em vigor desde março.

No final de fevereiro, a Coreia do Sul era o segundo país mais afetado pelo coronavírus no mundo, depois da China, onde o vírus apareceu.

As autoridades conseguiram controlar a situação por meio de uma estratégia agressiva de "rastrear, testar e tratar", que recebeu elogios do mundo inteiro.

Locais públicos como museus e galerias de arte acabam de reabrir, e as temporadas de alguns dos esportes profissionais mais populares do país, como beisebol e futebol, acabam de começar, após semanas de atraso.
Já as escolas devem retomar as aulas esta semana

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