Coreia do Sul declara lei marcial de emergência e diz que oposição simpatiza com a Coreia do Norte
Presidente Yoon Suk Yeol fez um pronunciamento nesta terça; não está claro como decisão impactará democracia do país
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 11h40.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou uma lei marcial de emergência e acusou a oposição do país de controlar o Parlamento, simpatizar com a Coreia do Norte e paralisar o governo com atividades consideradas antiestatais.
O chefe do Executivo sul-coreano fez o anúncio nesta terça-feira, 3, durante um pronunciamento de TV, onde também prometeu "erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem democrática constitucional".
A lei marcial prevê que os militares terão poderes ampliados e que alguns direitos civis sejam suspensos. A medida é temporária, mas pode ser prorrogada de forma indefinida.
Até o momento, não está claro como as medidas anunciadas irão afetar a ordem democrática da Coreia do Sul. O Partido Democrata, membro da oposição, convocou uma reunião de emergência de seus legisladores após o anúncio.
Minoria no Parlamento
Yoon, que faz parte do conservador Partido do Poder Popular, atualmente enfrenta um Parlamento dominado pela oposição liberal, formada pelo Partido Democrata e passa por um impasse para aprovar o orçamento do próximo ano, além de já ter rejeitado pedidos de investigações independentes sobre escândalos envolvendo sua esposa e altos funcionários.