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As mães que formaram "barreira" contra violência policial nos EUA

Manifestantes mães vêm ficando em frente a atos antirracistas. O presidente Donald Trump diz que barreira é de "anarquistas que odeiam o país"

Mães fazem barreira em protesto em Portland: escalada da violência nos atos na cidade (Caitlin Ochs/Reuters)
Carolina Riveira

Repórter de Economia e Mundo

Publicado em 27 de julho de 2020 às 15h37.

Última atualização em 18 de abril de 2023 às 16h24.

O presidente americano Donald Trump criticou a "barreira de mães" que vem sendo formada em protestos na cidade de Portland, no estado do Oregon.

O grupo de mães vem participando dos protestos abertamente há duas semanas. Os atos trazem cartazes do movimento Black Lives Matter, em um desdobramento dos protestos antirracistas que varreram os Estados Unidos no último mês após a morte de George Floyd, homem negro sufocado por um policial branco.

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Neste último fim de semana, a barreira materna voltou a aparecer em Portland (veja imagens abaixo ), reunindo algumas dezenas de mães. Após a primeira aparição delas, surgiram também a "barreira de veteranos" [ex-militares do exército] e a "barreira de pais", que se juntaram aos últimos protestos.

"Esses 'manifestantes' são na verdade anarquistas que odeiam nosso país. A linha de 'mães' inocentes era um esquema que a mídia tradicional se recusa a aceitar, assim como eles não reportam a violência nessas manifestações", escreveu Trump em seu Twitter na noite deste domingo, 26.

O presidente não falou novamente sobre o assunto e não ofereceu provas sobre o suposto esquema ou fraude das manifestantes mães.

A presença das mães tem como um dos objetivos evitar ataques e cenas de violência nos atos, ao separar os manifestantes de policiais. "Não atire, sou uma mãe", diz um dos cartazes carregados pelas mulheres na linha de frente dos atos.

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Os protestos em Portland têm sido marcado por cenas de violência policial, uso de bombas de efeito moral e embates entre policiais e manifestantes -- novos momentos de violência aconteceram neste domingo.

Agentes federais do governo americano, que foram enviados a Portland em julho para conter a violência nos protestos, também vêm sendo acusados de se vestir à paisana para espionar e prender os manifestantes sem se identificar. Há ainda relatos de manifestantes presos e colocados em carros não-oficiais.

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