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Comandantes militares debatem no Reino Unido como manter paz na Ucrânia em caso de trégua

Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, está trabalhando com o presidente francês, Emmanuel Macron, para construir uma "coalizão de países voluntários" em função de um acordo

Keir Starmer: primeiro-ministro do Reino Unido manifestou preocupação com acordo de paz na guerra entre Rússia e Ucrânia (AFP)

Keir Starmer: primeiro-ministro do Reino Unido manifestou preocupação com acordo de paz na guerra entre Rússia e Ucrânia (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de março de 2025 às 14h12.

Última atualização em 20 de março de 2025 às 14h14.

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Chefes do Estado-Maior de cerca de 30 países se reúnem no Reino Unido, nesta quinta-feira, 20, para falar sobre como manter a paz na Ucrânia caso seja pactuada uma trégua com a Rússia.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que organizou esta cúpula militar, está trabalhando com o presidente francês, Emmanuel Macron, para construir uma "coalizão de países voluntários" e assegurou, nesta quinta, que qualquer acordo de paz deve ser "defendido" frente à Rússia.

"Se há um acordo, é preciso defendê-lo porque no ano passado houve acordos que não incluíam cláusulas de segurança e [Vladimir] Putin não os levou em conta", disse Starmer à Sky News, em alusão ao presidente russo.

A questão ucraniana e a defesa europeia frente à ameaça russa também estarão na agenda da cúpula da UE desta quinta em Bruxelas, a terceira de chefes de Estado em seis semanas.

Ao mesmo tempo, o Kremlin denunciou "planos de militarizar a Europa", através de seu porta-voz, Dmitri Peskov.

Os diálogos em Londres coincidem com novos ataques mútuos com drones e a visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a Oslo.

Em caso de trégua, Starmer e Macron têm um plano para enviar tropas à Ucrânia no âmbito de uma força de paz.

Segundo o governo britânico, um "número significativo" de países estão dispostos a fazer o mesmo, sem dar números concretos.

Putin condiciona qualquer trégua ao fim da ajuda militar à Ucrânia e também rejeita a presença de tropas estrangeiras no país como parte de um acordo.

Starmer e Macron tentam formar esta coalizão desde que o presidente americano, Donald Trump, iniciou conversas com a Rússia no mês passado, sem integrar seus parceiros europeus, em uma tentativa de pôr fim a três anos de guerra.

Ambos querem estabelecer garantias de segurança com apoio americano que dissuadam Putin de violar qualquer trégua.

Putin pede fim do "rearmamento"

Durante um telefonema com seu contraparte americano, nesta terça-feira, o presidente russo concordou em suspender os ataques às infraestruturas energéticas na Ucrânia por 30 dias, mas não se comprometeu com um cessar-fogo completo.

Putin exigiu o fim do "rearmamento" da Ucrânia e a suspensão da ajuda ocidental ao governo de Zelensky.

Depois, Trump falou com Zelensky por telefone na quarta-feira e propôs que os Estados Unidos assumam o controle das centrais elétricas nucleares na Ucrânia, afirmando que seria a "melhor proteção e apoio possível", ao que a Ucrânia se opõe.

Os Estados Unidos parecem ter baixado o tom em comparação com a hostilidade com que recentemente o presidente ucraniano foi recebido por Trump.

O presidente americano manteve uma conversa "fantástica" por telefone com seu contraparte ucraniano, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Zelensky, por sua vez, falou no X de um intercâmbio "positivo, substancial e franco", assegurando que não tinha sofrido "nenhuma pressão" por parte de Trump para lhe tirar concessões.

O presidente ucraniano pediu à UE, nesta quinta, que mantenha vigentes suas sanções até que a Rússia se retire do território ucraniano.

"As sanções devem permanecer até que a Rússia comece a se retirar da nossa terra e compense o dano causado por sua agressão", disse aos dirigentes europeus por videoconferência.

No terreno, a Rússia anunciou, também nesta quinta, que derrubou 132 drones ucranianos sobre seu território durante a noite, em um ataque que feriu duas pessoas e causou um incêndio em uma base aérea militar.

A Ucrânia, por sua vez, informou que a Rússia disparou 171 drones durante a madrugada de quarta para quinta-feira e acrescentou ter derrubado 75 deles, enquanto os demais não causaram danos.

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