Mundo

Com o lema "lei e ordem", Trump enviará agentes federais para mais cidades

Presidente americano apresentou a expansão do programa "Operação Lenda" para incluir cidades como Chicago e Albuquerque

Trump: presidente dos EUA enfatizou o policiamento robusto e uma abordagem militar durante os protestos nacionais contra a desigualdade racial (Tom Brenner/Reuters)

Trump: presidente dos EUA enfatizou o policiamento robusto e uma abordagem militar durante os protestos nacionais contra a desigualdade racial (Tom Brenner/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de julho de 2020 às 21h30.

O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira um plano para enviar agentes federais a mais cidades dos Estados Unidos para combater crimes violentos, numa escalada da sua campanha de "lei e ordem", mote usado para as eleições de 3 de novembro.

Trump, junto do procurador-geral, William Barr, apresentou a expansão do programa "Operação Lenda" para incluir cidades como Chicago e Albuquerque, no Estado do Novo México, em um esforço das autoridades federais para combater a violência.

"Hoje estou anunciando um aumento da aplicação da lei federal nas comunidades norte-americanas, atormentadas por crimes violentos", disse Trump.

Trump disse que "não temos escolha a não ser nos envolver" com o aumento do número de mortos em algumas das cidades.

"Esse derramamento de sangue deve terminar, esse derramamento de sangue terminará", disse ele.

O programa envolve a mobilização de agentes federais para ajudar a polícia local a combater o que o Departamento de Justiça descreveu como uma "onda" de crimes violentos.

Barr procurou distinguir a iniciativa do uso de agentes federais do Departamento de Segurança Interna para conter a agitação em Portland, Oregon, onde as autoridades locais se queixaram do envolvimento federal.

Ele disse que as equipes de várias agências vão atuar como agentes e investigadores de rua, que trabalharão para resolver assassinatos e combater gangues violentas.

"Isso é diferente das operações e das equipes táticas que usamos para nos defendermos dos distúrbios e da violência da multidão. Continuaremos a enfrentar a violência da multidão. Mas as operações que estamos discutindo hoje são muito diferentes - elas são clássicas disputas contra o crime", disse Barr.

O presidente republicano tem criticado duramente líderes democratas que comandam cidades e Estados que passam por ondas de crimes e usa a questão como parte de sua iniciativa de "lei e ordem", esperando que esta ecoe em sua base política na eleição.

Trump está atrás do democrata Joe Biden nas pesquisas de opinião nacionais.

Mas a iniciativa corre o risco de inflamar as tensões em muitas grandes cidades após a morte de George Floyd, um homem negro sob custódia policial.

Não é incomum para a aplicação da lei federal trabalhar ao lado de parceiros locais. O funcionário do Departamento de Justiça disse que a operação fornecerá recursos adicionais às cidades que sofrem com crimes violentos.

Trump enfatizou o policiamento robusto e uma abordagem militar durante os protestos nacionais contra a desigualdade racial após a morte de Floyd em Minneapolis.

A Casa Branca tem procurado se concentrar nos crimes nas cidades enquanto o índice de aprovação de Trump despenca em reação à maneira como ele administra a pandemia de coronavírus.

A operação inclui agentes do FBI, do Serviço de Delegados e de outras agências federais, em parceria com forças locais.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)Violência urbana

Mais de Mundo

Parlamento da Holanda rejeita acordo UE-Mercosul e pede a governo que evite aprovação

Governo Lula defende solução pacífica em crise por lei marcial na Coreia do Sul

Lula terá novo encontro com Mujica durante viagem ao Uruguai

Netanyahu avisa ao Hezbollah que 'um cessar-fogo não é o fim da guerra'