Mundo

China denuncia 'suposições infundadas' de relatório dos EUA sobre seu arsenal nuclear

Relatório apontava que arsenal nuclear chinês terá triplicado até 2035, 1.500 ogivas, representando um grande perigo

 (AFP/AFP Photo)

(AFP/AFP Photo)

A

AFP

Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 12h11.

A China criticou nesta terça-feira (6) as "suposições infundadas" de um relatório dos Estados Unidos de que seu arsenal nuclear terá triplicado até 2035, para 1.500 ogivas, e acusou Washington de "inflar" a ameaça que isso representaria.

Em seu relatório anual sobre o exército chinês, divulgado há uma semana, o Pentágono também destacou melhorias na força aérea chinesa. Para Washington, Pequim representa seu maior desafio militar.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

Segundo o documento, os Estados Unidos estimam que a China teria uma reserva de mais de 400 ogivas nucleares.

"Se a China continuar no ritmo de sua expansão nuclear, é provável que tenha um arsenal de cerca de 1.500 ogivas" até 2035, dizem os especialistas.

Um arsenal que, no entanto, estaria longe do dos Estados Unidos e da Rússia, que possuem milhares de ogivas nucleares.

De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, o relatório dos EUA "distorce a política de defesa e a estratégia militar da China, consiste em suposições infundadas sobre o desenvolvimento militar da China [...] e infla e exagera a suposta ameaça militar chinesa".

O relatório também afirma que a China adota "ações mais coercitivas e agressivas na região do Indo-Pacífico", termo usado pelos Estados Unidos para designar uma realidade mutável de alianças na Ásia-Pacífico. Especialmente em torno de Taiwan.

Essa declaração, segundo Tan, "interfere grosseiramente" nos assuntos internos da China.

A China reivindica esta ilha como parte de seu território e Taiwan é uma fonte de tensão entre Pequim e Washington.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:Armas nuclearesChinaEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Sheinbaum descarta ‘guerra tarifária’ com EUA após conversa com Trump

Após tarifas anunciadas por Trump, Biden pede que relação com México e Canadá não seja prejudicada

Eleições na Irlanda: três partidos têm chance de vitória na disputa desta sexta

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump