Chega a 190 os investigados por abusos dentro da Igreja Católica do Chile
Esta atualização de números demonstra um aumento paulatino das denúncias recebidas pelos diferentes órgãos do Chile
EFE
Publicado em 11 de novembro de 2018 às 12h03.
Santiago do Chile, 11 nov (EFE).- As causas abertas por abusos sexuais dentro da Igreja Católica do Chile já chegam a 139, que envolvem 245 vítimas e 190 pessoas investigados, segundo informaram neste domingo à Agência Efe fontes do Ministério Público (MP).
Estes dados, segundo as fontes, foram atualizados em 5 de novembro e supõem um aumento de 15 casos (com 22 novas vítimas e 12 novos investigados) com relação aos números publicados pela Promotoria na quinta-feira passada, que continham dados atualizados de 24 de outubro.
Esta atualização de números demonstra um aumento paulatino das denúncias recebidas pelos diferentes órgãos do Chile sobre a participação de pessoas relacionadas com o clero em supostos casos de abuso sexual, de poder, de confiança, pedofilia ou encobrimento.
Na segunda-feira começa em Santiago uma assembleia plenária da Conferência Episcopal do Chile (CECH) que reunirá os bispos para analisar as políticas de reparação e prevenção que anunciaram há dois meses diante da onda de escândalos nos quais está imersa a Igreja Católica do país.
Nesse tempo, um dos exercícios de transparência iniciado pela Igreja foi publicar em seu site um lista com os nomes das pessoas relacionadas com o clero que receberam sentenças por casos de abusos, seja por parte da Justiça civil ou da Canônica.
Na última atualização publicada, com data de 31 de outubro, informava-se sobre 47 sentenças (três a mais que na anterior atualização), que envolvem 2 bispos, 42 sacerdotes e 2 diáconos.
Os casos de abusos sexuais envolveram a Igreja católica chilena na maior crise de sua história.
Até o momento, o papa Francisco aceitou as renúncias de sete bispos, depois que 34 membros da CECH ofereceram os cargos após reconhecerem diante do pontífice que tinham cometido "graves erros e omissões".
Além disso, o papa expulsou do serviço clerical dois ex-bispos e dois sacerdotes. EFE