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Casa Branca diz que Trump está 'aperfeiçoando' plano de tarifas de amanhã

Pronunciamento do presidente dos Estados Unidos está marcado para quarta-feira, às 17h (horário de Brasília), em Washington

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 1 de abril de 2025 às 17h40.

Última atualização em 1 de abril de 2025 às 17h46.

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A Casa Branca afirmou, nesta terça-feira, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está "aperfeiçoando" o pacote tarifário que apresentará amanhã, um assunto que é fonte de considerável incerteza por causa das mensagens contraditórias que seu governo enviou até agora.

"Eu estava com ele no Salão Oval mais cedo, e anunciará essa decisão amanhã. Não quero me adiantar ao presidente", explicou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em uma entrevista coletiva quando questionada sobre a possibilidade de Washington optar por tarifas generalizadas de 20% sobre praticamente todas as importações que entram nos EUA, um plano que a mídia americana diz estar na mesa.

Sobre o plano tarifário que será revelado amanhã, Leavitt explicou que: "[O presidente] está com sua equipe de comércio e tarifas agora mesmo, ajustando-o para garantir que seja um acordo perfeito para o povo e para os trabalhadores americanos".

Apesar da declaração de Trump no dia anterior, insistindo que não adotaria um pacote tarifário excessivamente agressivo, a possibilidade de uma tarifa generalizada de 20% está causando grande preocupação, pois seria de longe a medida mais agressiva na guerra comercial lançada por Washington.

Trump apelidou o dia 2 de abril, o dia em que planeja anunciar seu plano de tarifas comerciais mais ambicioso até o momento, como o "Dia da Libertação".

A própria Casa Branca confirmou que Trump anunciará o pacote amanhã, às 16h (horário local, 17h de Brasília), após o fechamento do pregão em Wall Street, e que entrará em vigor "imediatamente".

"Eles não vão se equivocar. Vai funcionar, e o presidente tem uma equipe brilhante de conselheiros que estudam essas questões há décadas. Estamos focados em restaurar a América à sua era de ouro e torná-la uma superpotência industrial", respondeu Leavitt, quando perguntada sobre a possibilidade da ofensiva comercial do governo americano fracassar.

Sobre as preocupações com o mercado de ações, a porta-voz insistiu que, como Trump já mencionou, os mercados são simplesmente "um instantâneo congelado no tempo" e que, "assim como aconteceu durante seu primeiro mandato, Wall Street ficará bem".

Hoje mesmo está previsto que o secretário de Comércio, Howard Lutnick, deve apresentar um relatório a Trump detalhando as barreiras comerciais e fiscais — como o IVA europeu — que outras nações impõem aos produtos americanos.

Com base nessa análise, Washington deveria teoricamente estabelecer tarifas sobre bens e serviços estrangeiros em um nível semelhante ao que os produtos americanos enfrentam nesses mercados, como o próprio Trump afirmou repetidamente.

Da mesma forma, na quinta-feira está previsto que entre em vigor tarifas de 25% sobre todos os carros importados para os Estados Unidos, como a própria Leavitt confirmou hoje.

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