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Candidata oposicionista Luisa González denuncia irregularidades nas eleições do Equador

Votação acontece neste domingo, 9, para mandato de 2025 a 2029

"Estamos indo em busca de mudanças, eles são o medo e nós somos a dignidade", declarou González (AFP/AFP)

"Estamos indo em busca de mudanças, eles são o medo e nós somos a dignidade", declarou González (AFP/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 9 de fevereiro de 2025 às 14h42.

A candidata presidencial do correísmo, Luisa González, denunciou "irregularidades" em todo o processo eleitoral no Equador, que será definido com a votação neste domingo e no qual ela se apresenta como principal rival do presidente Daniel Noboa, que buscando a reeleição para um mandato completo de 2025 a 2029.

González pediu à população e a seus apoiadores para que fiquem atentos aos resultados, depois de votar em Canuto, cidade rural da província costeira de Manabí, onde cresceu. Ela chegou ao centro de votação acompanhada por um grande grupo de integrantes da Revolução Cidadã, o movimento político liderado pelo ex-presidente Rafael Correa.

A candidata garantiu que os observadores internacionais que estão acompanhando o processo "conhecem as irregularidades que foram cometidas a partir do momento em que o 'presidente-candidato' não pediu licença", em referência à relutância de Noboa em se afastar do cargo de presidente durante toda a campanha eleitoral.

O que diz a lei eleitoral?

O Código da Democracia do Equador (lei eleitoral) estabelece que as autoridades que concorrem à reeleição imediata devem solicitar uma licença do cargo e, no caso do presidente, está estabelecido que ele deve ser substituído por quem ocupa a vice-presidência.

Noboa não solicitou uma licença durante o período da campanha eleitoral (de 5 de janeiro a 6 de fevereiro) e, em vez de delegar a presidência à vice-presidente Verónica Abad, delegou-a à secretária de Administração Pública, Cynthia Gellibert, a quem nomeou por decreto como "vice-presidente encarregada" apenas nos dias em que ele realizava atividades eleitorais.

Equador lida com tráfico, apagões e baixo crescimento antes de novas eleições

Os decretos com os quais Noboa delegou a presidência a Gellibert foram declarados inconstitucionais e deram a Abad a justificativa de que somente ela tem poderes constitucionais para substituir o governante, mas o Executivo reafirmou sua posição de continuar deixando o cargo para sua "vice-presidente encarregada".

Nesse sentido, González também criticou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint, de quem disse que, "em vez de ser uma guardiã do processo eleitoral, tem sido uma gerente de campanha para Daniel Noboa, permitindo que ocorram irregularidades e que a lei não seja cumprida".

A candidata do correísmo disse que votou "com a esperança de dias melhores e com a fé de reviver o Equador" do momento em que se encontra, imerso em uma situação econômica delicada e em uma crise de insegurança sem precedentes, produto do aumento do crime organizado, que levou o país a ter a maior taxa de homicídios da América Latina em 2023.

"Estamos indo em busca de mudanças, eles são o medo e nós somos a dignidade. Estamos indo com toda a fé e esperança para reviver o Equador, com toda a alegria da mudança que está chegando para o país", declarou González, cercada de apoiadores.

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