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Boris Johnson renuncia como deputado após escândalo das festas em Downing Street

Johnson acusa comissão parlamentar de tentar removê-lo do Parlamento em meio às investigações sobre festas durante a pandemia

O ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renuncia ao cargo de deputado após investigação parlamentar (AFP/AFP)

O ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renuncia ao cargo de deputado após investigação parlamentar (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 9 de junho de 2023 às 18h14.

Última atualização em 9 de junho de 2023 às 18h17.

O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou, nesta sexta-feira, 9, que renunciou ao cargo de deputado e responsabilizou por sua decisão a comissão parlamentar que investiga o escândalo "Partygate", as festas em Downing Street celebradas em plena pandemia de covid-19.

Johnson, de 58 anos, informou que sua demissão tem efeito imediato, desencadeando uma eleição parcial que aumentará a pressão política sobre seu sucessor, Rishi Sunak, do Partido Conservador.

Uma comissão parlamentar investiga se o ex-chefe de Governo mentiu ao Parlamento quando disse que as normas contra a covid-19 haviam sido respeitadas durante as festas realizadas em seu gabinete durante os confinamentos de 2020 e 2021.

Processo contra Johnson

Em nota, Johnson assegurou ter recebido uma carta do comitê que "deixa claro, para minha surpresa, que estão decididos a usar o processo contra mim para me tirar do Parlamento".

"Ainda não aportaram uma única prova de que eu tenha enganado [a Câmara de] os Comuns conscientemente ou por imprudência", insistiu.

Em março, Johnson negou, perante a Comissão, ter mentido ao Parlamento e jurou sobre a bíblia dizer "toda a verdade e nada mais que a verdade".

"Não menti e acho que no fundo o comitê sabe disso", insistiu o controverso ex-líder britânico na declaração desta sexta.

"Sabem perfeitamente que, quando falei no Parlamento, disse o que acreditava sinceramente que era o certo e o que tinham me informado que devia dizer, como qualquer outro ministro", acrescentou.

Johnson acusou a comissão de ser um "tribunal de faz-de-conta" e assegurou que seu "propósito desde o princípio" era "me declarar culpado, independentemente dos fatos".

Johnson foi forçado a deixar o cargo de primeiro-ministro em julho de 2022, após uma sequência de escândalos, incluindo o "partygate".

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