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Biden diz que considera criar um feriado 'livre de imposto' sobre gasolina

Preço dos combustíveis tem subido nos EUA em meio à alta no mercado internacional

Biden: críticas a petroleiras por aumento de preços (Evelyn Hockstein/Reuters)

Biden: críticas a petroleiras por aumento de preços (Evelyn Hockstein/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2022 às 18h23.

O presidente americano, Joe Biden, disse nesta segunda-feira, 20, que considera estabelecer nos Estados Unidos um feriado federal "livre de imposto" na gasolina. Os preços dos combustíveis nos Estados Unidos, como no resto do mundo, têm subido de forma sem precedentes com a guerra na Ucrânia e inflação global.

"Sim, estou considerando", disse Biden a repórteres. "Espero ter uma decisão baseada nos dados - estou pensando até o final da semana."

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A discussão acontece em meio aos impactos da alta dos preços dos combustíveis na popularidade do governo.

Mas o impacto prático pode não ser tão alto. A medida poderia fazer americanos economizarem pouco mais de US$ 18 centavos por galão. A média de preço por galão está perto de US$ 5.

Biden disse também que secretários do governo se encontrarão neste fim de semana com os CEOs das principais petroleiras nos EUA para discutir a alta de preços. O presidente democrata tem atacado companhias afirmando que as empresas têm tido lucros extraordinários com a alta e que poderiam aumentar a oferta. "Quero uma explicação sobre por que eles não estão refinando mais petróleo", disse Biden.

A medida do feriado sem impostos, no entanto, causa incerteza dentro do governo pelo custo, ainda não totalmente divulgado pela Casa Branca. Alguns estados implementaram os próprios feriados sem impostos, como Connecticut, Georgia e Maryland.

A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, usou tom cauteloso em entrevista à CNN e disse que "parte do desafio com o imposto sobre gasolina, claro, é que ele financia as estradas".

Os EUA têm tido aumento recorde de preços nos últimos meses em uma série de produtos.

O principal índice inflacionário do país, o CPI, subiu 1% só no mês de maio e acumula alta de 8,6% em um ano, a maior desde 1981, época dos efeitos do choque do petróleo que fez o mundo entrar em período de "estagflação".

Ao contrário do que ocorre no Brasil, o mercado de trabalho americano está muito aquecido, com desemprego abaixo de 4%, o que também impacta na inflação.

Apesar do desemprego muito baixo, a alta de preços tem afetado a popularidade do presidente Biden, às vésperas de eleições legislativas de meio de mandato (as chamadas midterms) marcadas para este ano. O Partido Democrata caminha para perder sua atual maioria no Congresso.

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