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Bailarina americana doa US$ 50 para instituição da Ucrânia e pode ser presa; entenda

Russo-americana que vive e trabalha em Los Angeles foi julgada por traição na Rússia

Ksenia Karelina durante sessão de seu julgamento na Rússia

Ksenia Karelina durante sessão de seu julgamento na Rússia

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 21 de junho de 2024 às 08h47.

Última atualização em 21 de junho de 2024 às 09h14.

Uma bailarina russo-americana que vive e trabalha em Los Angeles foi julgada por traição por uma suposta doação de US$ 50 a uma instituição de caridade pró-Ucrânia, no mais recente processo judicial que aumenta as tensões entre Washington e Moscou.

Segundo informações do The Guardian, Ksenia Karelina, de 32 anos, foi detida pela polícia na cidade de Ecaterimburgo no final de janeiro durante uma viagem para visitar a sua família na Rússia.

Os promotores acusaram-na de “transferir proativamente fundos para uma organização ucraniana, que as Forças Armadas daquele país usaram posteriormente para comprar medicamentos, armas e munições”.

Ela pode pegar até 20 anos de prisão se for considerada culpada.

O julgamento está sendo realizado a portas fechadas em Ecaterimburgo, no mesmo tribunal que na próxima semana começará a ouvir o caso de Evan Gershkovich, um repórter do Wall Street Journal que foi preso em março de 2023 e acusado de espionagem.

O tribunal realizou a sessão com portas fechada, como é típico nos julgamentos de traição, e marcou outra audiência para 7 de agosto.

Washington acusou Moscou de prender os seus cidadãos sob acusações infundadas para usá-los como moeda de troca para garantir a libertação de russos condenados no exterior.

Gershkovich é acusado de coletar informações secretas de uma fábrica de tanques em Nizhny Tagil, cerca de 150 quilômetros ao norte de Ecaterimburgo. O Wall Street Journal nega a acusação e o Departamento de Estado dos EUA declarou que a prisão foi injusta.

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