Jeff Sessions: ainda não se sabia se o testemunho seria público ou a portas fechadas (Chris Aluka Berry/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de junho de 2017 às 13h22.
Última atualização em 12 de junho de 2017 às 13h23.
Washington - O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, vai depor como testemunha amanhã no caso da interferência da Rússia nas eleições americanas perante o Comitê de Inteligência do Senado em uma audiência que será pública, informou o Departamento de Justiça nesta segunda-feira.
O próprio Sessions pediu que seu comparecimento fosse aberto.
"É importante que os americanos escutem a verdade diretamente dele, que espera responder às perguntas do comitê amanhã", explicou em declaração enviada aos meios de comunicação um porta-voz do Departamento de Justiça.
O Departamento de Justiça já tinha antecipado durante o fim de semana que Sessions se apresentaria na terça, mas até hoje não se sabia se o testemunho seria público ou a portas fechadas.
O presidente do Comitê de Inteligência do Senado, o republicano Richard Burr, também confirmou em comunicado que o comparecimento de Sessions será público e disse que acontecerá às 14h30 (horário local, 15h30 em Brasília).
Com este comparecimento, Sessions quer responder ao testemunho que o ex-diretor do FBI James Comey deu ao mesmo comitê na semana passada. Comey sugeriu que Sessions se afastou, em 2 de março, da investigação sobre a suposta interferência russa nas eleições americanas de novembro devido à sua participação em uma série de fatos que, por serem sigilosos, não foram revelados ao público.
Segundo jornais locais, Comey disse aos membros do Comitê de Inteligência do Senado em um encontro a portas fechadas que Sessions pode ter tido uma terceira reunião - até agora desconhecida - com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergey Kislyak.
Através de um comunicado, Sessions se defendeu na sexta-feira passada do depoimento de Comey e disse que se afastou da investigação russa "só" por sua participação na campanha do agora presidente americano, Donald Trump, a quem ele acompanhou em atos eleitores e assessorou em temas de imigração.
A investigação sobre a suposta ingerência russa nas eleições de novembro do ano passado e dos possíveis contatos entre a campanha de Trump e o Kremlin está agora nas mãos de um promotor especial, o ex-diretor do FBI Robert Mueller.