Mundo

As crises sofridas por Trump desde sua posse

O presidente americano vive, nos últimos dias, uma crise política que se soma a episódios anteriores

Donald Trump: o FBI investiga a possível "coordenação" entre o comitê de campanha de Trump e o governo russo (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump: o FBI investiga a possível "coordenação" entre o comitê de campanha de Trump e o governo russo (Carlos Barria/Reuters)

A

AFP

Publicado em 18 de maio de 2017 às 11h20.

Pouco antes de completar quatro meses na Casa Branca, Donald Trump enfrenta várias crises. Segue abaixo a relação dos principais problemas que perseguem o presidente dos Estados Unidos desde que ele tomou posse, em 20 de janeiro:

Ingerência russa

As agências americanas de Inteligência acusam a Rússia de ter interferido na eleição presidencial de 2016, ao "hackear" o Partido Democrata e ter fomentado a desinformação para prejudicar a candidata democrata, Hillary Clinton, em favor de Trump.

Desde julho, o FBI (a Polícia Federal americana) investiga a possível "coordenação" entre o comitê de campanha de Trump e o governo russo, o que Trump nega. O então conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, foi obrigado a renunciar em 13 de fevereiro por não ter informado sobre repetidos contatos - antes e depois da eleição - com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak.

Pedido de Trump ao FBI

Um dia depois da renúncia de Flynn, Trump se reuniu com o ainda diretor do FBI, James Comey, e lhe pediu que encerrasse a investigação sobre Flynn, segundo o jornal The New York Times.

A Casa Branca negou essa versão, a qual pode ser considerada obstrução da Justiça.

Comey teria deixado uma versão escrita da conversa, acrescentou o Times.

"Você é uma boa pessoa, espero que consiga deixá-la", teria dito Trump, referindo-se à investigação.

Demissão do diretor do FBI

Em 9 de maio, Trump demitiu Comey, causando grande comoção. Seus adversários afirmam que ele quer, na verdade, obstruir a investigação sobre a Rússia.

Em um primeiro momento, Trump justificou sua decisão pela má administração de Comey na investigação dos e-mails de Hillary Clinton. Depois, mudou a versão e reconheceu que há muito tempo tinha a intenção de demiti-lo or conta da investigação sobre a ingerência russa nas eleições.

Informação sigilosa passada para Moscou

Um dia depois de demitir Comey, Trump recebeu na Casa Branca o chanceler russo, Serguei Lavrov, a quem forneceu informação sigilosa de Inteligência, de acordo com o jornal The Washington Post.

Jornais americanos noticiaram que a informação teria sido fornecida por Israel a Washington. Segundo a imprensa, tratava-se a intenção do grupo Estado Islâmico de colocar bombas, usando laptops em voos comerciais provenientes da Europa.

Decreto imigratório bloqueado

A decisão de Trump de impedir a imigração de países muçulmanos - uma promessa feita em sua campanha - foi revertida por uma corte da Justiça poucos dias depois de ser posta em prática em 27 de janeira.

Uma versão alterada desse decreto voltou a ser bloqueada em 15 de março por um juiz federal do Havaí e, na sequência, em outros estados.

Reforma do sistema de Saúde

No final de março, Trump fracassou em sua tentativa de introduzir uma proposta de lei para substituir o chamado Obamacare. No começo de maio, porém, uma lei reformulada conseguiu ultrapassar o primeiro filtro da Câmara de Representantes. Agora resta o Senado, onde seria profundamente modificada.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Rússia

Mais de Mundo

Trump ameaça o BRICS com tarifas de 100% se substituírem o dólar

Trump exige que países do Brics mantenham compromisso com o dólar e ameaça impor tarifas de 100%

Três dias após cessar-fogo, Israel ataca Hezbollah no Sul do Líbano

Rússia ataca instalações nucleares na Ucrânia, e especialistas alertam para risco de desastre