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Argentina detecta duas variantes brasileiras do coronavírus

O governo argentino afirmou que as duas variantes foram levadas por viajantes do Brasil, uma cepa do Rio de Janeiro e outra de Manaus

Vacinação na Argentina: "Essas descobertas reforçam a importância da implementação de uma vigilância epidemiológica genômica", disse o ministro da Saúde argentino (Agustin Marcarian/Reuters)

Vacinação na Argentina: "Essas descobertas reforçam a importância da implementação de uma vigilância epidemiológica genômica", disse o ministro da Saúde argentino (Agustin Marcarian/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2021 às 13h57.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2021 às 14h25.

A Argentina descobriu em seu território a circulação de duas variantes do coronavírus levadas por viajantes do Brasil, uma do Rio de Janeiro e outra de Manaus. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ginés González García, em suas redes sociais nesta segunda-feira, 8.

"Recentemente foi detectada a variante do Amazonas P.1 em duas amostras, e a variante do Rio de Janeiro P.2 em outros dois viajantes. Todos eles procedentes do Brasil", escreveu o ministro.

A detecção científica das variantes foi realizada pelos laboratórios do instituto estatal Carlos Malbrán, que centraliza as análises epidemiológicas. "Essas descobertas reforçam a importância da implementação de uma vigilância epidemiológica genômica ativa para monitorar a introdução dessas variantes", disse González García.

O ministro da Saúde da província de Buenos Aires, Daniel Gollán, disse que "são poucos casos e foram isolados", segundo declarações à rádio Futurock.

Além das variantes brasileiras, as cepas do Reino Unido também foram encontradas na Argentina.

A Argentina começou a vacinar sua população em dezembro com a vacina russa Sputnik V, do instituto Gamaleya. Agora, corre para ter mais doses das vacinas de modo a acelerar a imunização.

O país vacinou mais de 511.000 pessoas, cerca de 1,14 dose a cada 100 habitantes, segundo contagem da Bloomberg com base em dados oficiais. Embora tenha começado a vacinar um mês depois dos argentinos, o Brasil superou no fim de semana o número de 3 milhões de doses aplicadas, com cerca de 1,7 dose a cada 100 habitantes, segundo o consórcio de imprensa -- ainda aquém do esperado.

A expectativa é que haja um aumento da velocidade da vacinação em todo o mundo em meio à luta contra as novas variantes. Embora a tendência seja de que as vacinas atuais sejam menos eficazes contra as variantes, os dados até agora mostram que os imunizantes devem evitar casos graves.

A Argentina registra quase 2 milhões de casos de covid-19, com mais de 49.000 mortes, em um país de 45 milhões de habitantes. O Brasil tem mais de 9,5 milhões de casos até esta segunda-feira, e mais de 231.000 mortes.

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